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quinta-feira, agosto 31

Quando as estrelas

Quando as estrelas se arrependem da Lua
é a luz que perdeu o juízo
pr

quarta-feira, agosto 30

Não apaguem as vitrines

Não apaguem as vitrines
Não apaguem as vitrines que o poeta passou aqui
e deixou ali escrito em alto tom
escreveu coisas esquisitas como o amor
Não apaguem as vitrines dos blocos
as vitrines da convivência
que o poeta subiu na mesa, o poeta blasfemou
fez vibrar a platéia
a sua Ana entre nós.
Não apaguem as vitrines porque é sempre muito legal vê-las em plena forma falando pela mão do poeta da amizade, carinho, alegria, essas coisas óbvias sem ser Natal.
O poeta escreveu nas vitrines e valeu toda a manhã e mais um mês.
E assinou, se não apagarem higienicamente, Carpinejar!

Amar como se ama nos portos

De meigo a cretino, canalha, um sei lá com que força vem.
De boa pessoa à louca, desvairada, doente, é o amor aos borbotões
O amor faz arrepender
leva a bobagens,
dar carinho por raiva
a usar como nunca se usou o próprio amor

Mas o amor quando assim exige
já é apenas amar como se ama nos portos

(amor de marinheiro, fuga sem pressa, 1% de amor só).

pr

segunda-feira, agosto 28

Não rogue

Não rogue ao espelho outra idade
Não rogue sorriso a quem te amarelou
Não rogue o mal, o azar
Não rogue aos céus o que é de bem

Não rogue a morte, filha da vida
Não rogue tua vez, será intromissão

Não rogue o ar
que os pássaros não pedem
Não rogue
Não rogue nem pensar

Não rogue aumento,
pouco
menos
trabalho
direito
Não se arrogue em preces quando é teu dever

Não rogue boa música se os chatos comandam
Não rogue nada, igualdade, o que seja
três vezes
...
como um galo bíblico
não rogue!

pr

domingo, agosto 27

Trote cultural com Carpinejar

O nosso poeta que mais age
É 10
É 100
Milhagens

Fabrício Carpinejar

Estarei com o meu amigo Fabro nesta quarta, dia 30, no Trote Cultural do Diretório Central de Estudantes da UCS. Será uma espécie de Improviso que dá certo. Às 8h, no Auditório do Bloco H.

sábado, agosto 26

Um conceito, um legado

Conheci o pintor Iberê Camargo fazendo um bico na antiga Vejinha, da Editora Abril, que circulava em Porto Alegre. Em 1991, fui convidado à sua casa, uma construção moderna, "trepada" no Morro Nonoai, de onde se via o Guaíba na sua amplidão. Lá, nos fundos, Iberê mandara construir o seu ateliê de pintura. "Coisa de alemão", de primeiro mundo, para recuperar, quem sabe, os desgastes dos ateliês anteriores, em Botafogo, no Rio, e Cidade Baixa, em Porto Alegre - apertados e com pouca luz.
Iberê voltara para o Rio Grande como uma unanimidade: era o maior pintor brasileiro vivo. E voltara para conviver com bugios, literalmente, pois os bichos faziam vizinhança com o novo prédio que dava para um mato fechado. Além da extrema higiene do amplo ateliê, com uma abertura no teto - segundo Iberê, interferência do arquiteto para que ele recebesse a "luz de Deus" -, chamava a atenção a parte inferior do espaço: ficava ali, como um subterrâneo, o Ateliê de Gravura, com todo o material que se precisasse.
Trecho de nosso Ensaio publicado hoje no jornal Pioneiro, revista Almanaque. Para acessar www.clicrbs.com.br

quinta-feira, agosto 24

Cumplicidade

Toma o colo, o afeto,
atende
ressona tua cabeça em meu peito
forma tua de eu me cumprir

aconchego — vejam o pato e a pata, a vaca e o touro, entre as abelhas igual —
mostra o macho em seu pleno agradecimento

o homem que mais carece, agradece quando se dá à mulher...
é o que chamam cumplicidade
pr

quarta-feira, agosto 23

Cordialidade

Caprichosa cordialidade, cordialidade breve, da chuva, cordialidade mais triste, até os ossos, cordialidade do pássaro que pousou na minha mão
Foto de Tiago Cidade

A confidente

Odete tinha mão de doceira
Cenara era boa vizinha
Virgínia conheceu Zé Sachetto
Jurema casou com coveiro

Eliana e a paixão por polaco
Sirlei que engomava camisas
A Laura ficou com Alfredo
Odete sumiu da cidade

Marta Lima pedia desculpas
Selene e um sírio solteiro
Odete andou meio mundo
E a Mudinha mandava notícias
pr

terça-feira, agosto 22

Quebrem as esquinas por mim

Quebrem as esquinas por mim
que eu parti
Quebrem as esquinas por mim
que eu, bêbado, nas noites do meu lugar já quebrei
Quebrem as esquinas por mim aí,
mas não melancolicamente,
quebrem fazendo gracejo, quebrem por amor

Quebrem as esquinas do meu lugar
não tristes,
que a tristeza é um dom herdado quando se sai
Quebrem as esquinas sem lágrimas,
em altos brados,
com a alegria de quem ficou

Eu deixo a alegria de vocês preencher a minha ausência
novos bêbados
adolescentes
novos sonhadores do meu lugar:
gritem alto!
não deixem a cidade,
vácuo estrelado, a pensar:
os seus filhos que partiram...
os seus filhos que ficaram,
quebrem as esquinas por mim.

Andem!
E bebam na boca destas ruas como se um último louco de saudade estivesse a pedir.
pr

segunda-feira, agosto 21

Aprendiz do repouso

Repouso é bom pra pensar. Repouso é pausa, calma, reflexão. É preguiça, é o que enguiça de vez: a conta em cartório, um namoro revisto, um monte de coisas pra trás, pra depois.
Repouso é pousar a alma na palma da mão. No edredon, na linha do tempo que não se esvai. Repouso é quando o ser coagula, sangue parado, no bem quente se é frio e ficar assim.
Na ressaca da gripe, na gangorra do bem-bom. Do mimo, da cisma de não levantar pro café.
Repouso não é doença, é cura. Repouso não é rock, é valsa, sinfonia, um adágio sem pé. E nem cabeça, é o tronco da canção que se pode admirar. Bem no meio da tarde é ficar estendido no sofá.
Repouso.
Repouso é vidão, massa mesmo, repousar com cachaça é o melhor! Um gim, a tônica, um campari, quem não pensa na praia do ano que vem?
Repouso é desempregar recebendo. Repouso remunerado vai cair num cuecão. Nossos dólares afastados, dinheiro pra repousar. Bem suíço, o que seja, é dinheiro fora de circulação.
Isso é repouso. Ficar de fora, de papo, é estender a gaiola do pássaro pro pássaro fugir. Repousar as asas no sol, atravessar a nuvem bonita e depois voltar. Repousar no alçapão.
Repouso é retorno. Quem volta sempre pede pouso, dá oi, de casa!, será que posso entrar??
Pro pouso possua a senha: é ser tranquilão! E pouso dobrado é quando se diz assim: RE-pouso.
Quando se briga, repousa o amor. Por isso reemposse, espose, vá se casar outra vez. Pra ver como é bom.
Ser casado e caseiro é uma forma de adormecer melhor. É se recolher às 9 e repousar sem dormir. É a hora de encomendar um filho a Deus!
E repouso no ventre é semente, o começo. E depois que se sai aos tropeços é tratar de aprender: o repouso, até morrer.
pr

domingo, agosto 20

Perfume

Trago ainda o perfume, hoje vidro
Teu presente por amar enquanto pude

pr

quinta-feira, agosto 17

A mulher cantada

A mulher a ser cantada
nada tem a ver com palavras
se, grave,
cala
não se diz

O que não se pode prever
(o cantar a mulher num segundo com o seu espanto)
é traço imperfeito
desenho para abrir

e,
ao negar-se,
o corpo deita

cantado então


pr

quarta-feira, agosto 16

Lábios

Ah, ânsia de se ter os lábios da mulher que aguarda
à espera do encontro de outros lábios
que já não dirão, te amo
porque estarão ocupados

pr

Reconsideração

Pronto a jurar
pela mãe
pelo reino
o meu orgulho já não vale nada
segura me ouvia
pr

Carta sobre a amizade

"No programa do Ruy Carlos Ostermann, das 16 h, na RBS, apontaste que o Tio Purça estava como um paradigma, o referindo como um Professor...
Naquela tarde, eu me encontrava na BR 101, em direção a Florianópolis. Parei o carro e fiquei ouvindo tuas narrativas... uma página do teu livro, quando menciona um tal “Doca” que cedia vacas de leite para os padres. Este senhor era meu pai (Gomercindo Borges de Camargo), que tinha o apelido de Doca. Quem trazia lá do fundo dos Touros essas vacas, 4 ou 5, era eu.
E trazia inclusive para os amigos dele, como o senhor Altino Camargo, pai dos coronéis La Hire e Cairo, e também para o Constantino Verenzuke, sapateiro e mais tarde do Cine Guarani. Aquelas vacas e terneiros eram emprestados sem qualquer outro interesse, senão amizade”.
Trechos da carta de Raul Kramer Borges, que por algum tempo atuou como membro da ONU, no Oriente Médio, tentando a paz entre árabes e judeus.
Faz parte da crônica de hoje. Para ler, www.clicrbs.com.br, jornal Pioneiro, colunas e charges

terça-feira, agosto 15

Almoço rápido

Almoço rápido
são uns poucos minutos seguros nos dentes
Almoço rápido,
no balcão, na esquina,
almoço na pracinha
Almoço rápido é o que se come com os olhos na hora incerta
Almoço rápido quando o pássaro caga
pr

segunda-feira, agosto 14

A visão que N. Sra. de Pompéia teve de mim

Tua mãe vai morrer!
O residente tinha o semblante grave e uma pose de coragem que os veteranos também tinham, mas não queriam mostrar.
Frágeis eram pra me dar o soco!
E eu, que já andava assim de longe, sorrateiro, orgulhoso, envergonhado, na Capela entrei.
Da rua nem se imagina, mas o Hospital Pompéia tem uma igreja interna, encravada, é como uma tentação quando se passa ali... Dá vontade de entrar!
Água no pescoço? imã de fé?, o fato é que naquele dia eu fui.
Só. Exposto à santa e Jesus!
Por isso, quando me perguntam (sábado até insistiram!), se acredito em Deus, eu fico desse jeitão...
pr

sábado, agosto 12

Quando o amor anoitece

Na chegada, não deu abraço
nós não somos mais os mesmos,
nossos olhos não mais brilham,
me disse depois.

Choro e não é por ti, meu garoto!
Balanço,
não me chame mais de amor!

Xingou sequer.

Quando não se xinga, deu
Passou, não chorou como eu

a noite acordada era pra pensar,
disse descabelada,
sim, queria ter a graça de conhecer um outro alguém

Sacou?
Saquei!
pr

sexta-feira, agosto 11

A Rosa

A Rosa Marmelo dizia, ando triste em dia de vento.
A Rosa Marmelo tinha temor a Deus desde um dia que uma criança dela perdeu.
E um filho nascendo morto, pra uma humilde, era o maior pecado do mundo.
Se culpava. Deus, não fiz por querer, o Adair.
Eu não queria que fosse assim, mas a criaturinha do anjo não me nasceu.
Excerto de Cozinha Gorda

Torrar café

A Avany tinha uns cabelos de galinha e além do mais era sempre a melhor. A Avany era de ficar com ressentimentos e a D. Mariinha não queria que guardassem coisa ruim. Nem da família, do município e nem do mundo.
Porque vaidade pra ela não prestava e, quando se via apertada, inventava de agir assim: de dizer pra alguém que ela ia torrar café e ia torrar café e saía dali.
Excerto de Cozinha Gorda

quinta-feira, agosto 10

Cozinha Gorda

Era uma bundinha da criança que vinha bem equilibrada na coxa esquerda da Rosa do Seu Alcides na cozinha dos Fayet que era bem limpa. E além de ser bem limpa tinha umas facas de cabo-de-inox. E tinha uma tábua e até um requeijão com guardanapinhos. Era tudo muito higiênico e a Avany depois dizia que nem ela nem o pai precisavam ter ficado ouvindo Rosa segurando um caneco. E o Seu Fayet se irritava mesmo e entre movimentos esparramados recravava a faca no queijo.
E o Seu Fayet sentava com meia mesa só pra ele e aí se preparassem...
Trecho do novo livro, ilustrado com a gravura A Cozinha Gorda, de Pieter Brueghel, o Velho, 1763

Cozinha Magra

Eu ainda como o sal e a banha —o Seu Vantuir dizia— e eu não sou infeliz.
O Seu Vantuir Fayet dizia com metade da mesa pra ele e o seu olhar adormecia de infelicidade.
O Seu Fayet dizia que a vida continuava e quem sabe também ele não ia passar de cadeira de rodas.
Mas isso não te diminui, pai, a Avany lhe dizia. Pense mais na religião.
A Rosa suspirava na pia, mas não se virava.
Trecho de Cozinha Gorda, a novela, com gravura A Cozinha Magra, de Pieter Brueghel, o Velho, 1763

Cozinha Zero

Chama-se Cozinha Gorda a nova novela de Paulo Ribeiro - autor que tem uma escrita especialíssima, como provou na excelente narrativa Vitrola dos Ausentes. Prometido para o final do mês pela Editora do Maneco, lá de Caxias do Sul - cidade onde mora o autor -, o livro tem apresentação do poeta Fabrício Carpinejar e é ilustrado pelo próprio Ribeiro, que também é bom de traço, como a gente pode conferir pelo desenho aí do lado, que está na capa do volume.
Trecho de hoje na Contracapa, coluna de Roger Lerina, Segundo Caderno, Zero Hora

terça-feira, agosto 8

Presa, não pressa

Quintana costumava colocar seus poemas dentro de uma caixa de sapatos e os deixava lá, em estado de sono, por um bom tempo. Só bem depois os relia. Quintana ironizava que a caixa de sapatos era o seu "baú de espantos".
Hoje, Caixa de Sapatos só mesmo o livro de Carpinejar.
Mas continua ainda esta ânsia incontornável de se escrever e logo mostrar.
Porém, mais que pressa, me vejo uma frágil presa deste computador.
pr

Valsa quebrada


Você me queria palhaço
pirata
nem te precisava mais

um herói, carnavalesco,
era eu pegando o céu

Você me queria disposto
muita carícia nas ruas
saúde pra dar e vender

E você me queira infinito
espontâneo, amor bonito!
que esqueci dizer:
me ensina dançar a valsa...
se o teu vestido deixar?
pr

Teoria e prática

A força da faca


A força
de uma outra faca


A força e a velocidade
de todas as facas


a mulher do atirador
de facas pensou...


nenhum gesto

pr

segunda-feira, agosto 7

Prece

Um dia,
sem medo ou vergonha,
clarão sem gatilho,
será
pr

domingo, agosto 6

Da solidão

Mas já me perguntam como é ser sozinho!!
E eu, bah!, logo afasto estas bobagens de “manias” que se pega, estas tolices de isolamento pra escrita, essa lenda de cuecas no chão espalhadas. Ser ou estar sozinho é pior coisa do mundo, a pior coisa que pode existir é a solidão.
O escambau que não é!
Ouçam bem: viver sozinho é sobra e eu nada entendo de sobras, não sei o que fazer com restos de pão!
Ah, isso de sacudir a toalha depois de uma refeição feita só! É um momento forte da vida, asseguro, dato e assino!
Cristo mesmo deu uma olhadela pros lados e viu que por ali havia doze. Mas, ah!, uma mesa só...
Bueno, outra mentira tosca que circula sobre o homem sozinho é que ele desaprende a chorar, fica seco.
Uma ova!
A experiência de solitário me ensinou três coisinhas: não deixem o homem sozinho depois da perda de pessoa querida; não deixem este homem sozinho ter um amor à distância; não deixem este homem sozinho fazer carnê pra cortinas.
Não fosse a minha mula manca, esta sinusite de novo, eu, animal assustado, sairia andar no Centro!
pr

A sedução

Quando a mulher pensa sem dizer,
dura até um ano isto que nem carinho é mas induz.
Quando a mulher pensa,
sem dizer,
a melhor frase do mundo.
É a sedução
pr

sexta-feira, agosto 4

A capa do livro

Em primeira mão, a capa do novo livro

quinta-feira, agosto 3

Iberê total e o prêmio

Com a obra recém-lançada Iberê Camargo: Catálogo raisonné - volume 1 - Gravuras, organizado pela historiadora da arte Mônica Zielinsky, a Cosac Naify pela primeira vez trabalha com esse tipo de publicação. No Brasil, a obra da maior parte dos artistas importantes ainda não foi devidamente organizada e catalogada.
Nesse sentido, o Catálogo Iberê é fonte indispensável para quem se interessa pelo artista e pela história da arte brasileira.
Além do projeto de catalogação, a Fundação Iberê Camargo - cuja nova sede, em construção em Porto Alegre, tem projeto arquitetônico assinado pelo português Alvaro Siza - dará continuidade à parceria com a Cosac Naify através da publicação dos ensaios sobre a obra do artista, de Paulo Ribeiro, Laura Gomes de Castilhos e Daniela Vicentini, vencedores do "Prêmio Iberê Camargo", instituído pela Fundação.
Saiba mais em:
www.cosacnaify.com.br
A propósito, logo mais, às 19h, no Centro Municipal de Cultura de Caxias do Sul, será inaugurada a mostra Gravura em Metal - Matéria e Conceito, com obras de 21 artistas. As gravuras expostas são de convidados do Ateliê de Iberê. Fica até 10 de setembro.

quarta-feira, agosto 2

Contando o rosário

Eu esqueci de dizer ontem uma das coisas que você me ensinou: você me ensinou a voltar a rezar e a falar com Deus. Eu rezei uma Ave Maria por teu novo emprego, por tua saúde, que tenha coisas boas e não passe frio. E nem se canse. Eu disse estas coisas com muita força, puxada do coração.
Eia!, eu disse meio pra dentro, fica com Deus!
Até ontem eu só escrevia no messenger, mas internet aceita tudo, quero ver chegar e dizer.
E fazia um tempão que eu não usava esta frase. E eu disse: Fi-ca-com-De-us!
Tomara que ninguém tenha escutado, porque era só pra você, mulher.
É que eu fiz um pedido pra Deus que pode virar risos, que Deus te ilumine!, e publico aqui no jornal: essa pessoa me deu amor e me deu carinho e me valorizou, eu sou um louco mesmo em contar.
Mas, quando se cruza uma pessoa tão boa, fazer o quê?
Do fundo do meu coração, que Ele sempre te guie, proteja, olhe em tua volta, e é só isso aí que rezei.
Tá vendo!?
É diferente de se desejar automóveis, presentes, muito dinheiro, isso é a coisa mais simples que sempre sai.
Mas, agora, trazer um desejo bem fundo, de dentro, tencionar que a pessoa se alegre, é o que não se acha mais.
Quando se faz, parece Feliz Natal. Quando se diz, já vai dum ouvido saindo por outro.
Só que desta vez eu espalhei. Para todas, que é como você se reconhece aqui.
Crônica publicada hoje no jornal Pioneiro