Não apaguem as vitrines
Não apaguem as vitrines que o poeta passou aqui
e deixou ali escrito em alto tom
escreveu coisas esquisitas como o amor
Não apaguem as vitrines dos blocos
as vitrines da convivência
que o poeta subiu na mesa, o poeta blasfemou
fez vibrar a platéia
a sua Ana entre nós.
Não apaguem as vitrines porque é sempre muito legal vê-las em plena forma falando pela mão do poeta da amizade, carinho, alegria, essas coisas óbvias sem ser Natal.
O poeta escreveu nas vitrines e valeu toda a manhã e mais um mês.
E assinou, se não apagarem higienicamente, Carpinejar!
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