OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, outubro 13

Livros a 2 pilas

A maior atração da feira deste ano é a venda de livros a R$ 2. Sem dúvida, uma grande sacada, são os livros mais vendidos e os leitores agradecem.
Vejam só. Eu ando dizendo por aí que não vou ao Paul McCartney porque é R$ 620. Por este valor, nem para assistir Jesus Cristo eu pagaria. Eu ainda pechincharia.
Com esta mentalidade não sovina, mas a favor do acesso irrestrito à arte, eu acho, sempre achei a Cultura cara.
Shows e livros são caros. Os livros, então, um valor incompreensível, já que as editoras são isentas de impostos na produção das obras.
Com valores sempre nas nuvens, não é raro ver alunos colocando o livro como vilão ao lado das mensalidades nas universidades. Os alunos dizem que “quebram”, se compram o recomendado.
Por isso, é bem-vinda a iniciativa da venda de livros a R$ 2. São saldos, ok, mas não fossem vendidos agora a 2 pilas, estes livros restariam em depósitos sujeitos ao mofo, à umidade, ficariam enchendo espaço.
Os autores por certo vibram. Querem mais é que suas obras circulem, sejam lidas.
Paixão Côrtes, patrono da feira de Porto Alegre deste ano, e matreiro com estas coisas de Cultura, é ainda mais radical: distribui seus livros de graça. Dá seus livros nas sessões de autógrafos e assim vai disseminando o assunto que lhe interessa.
Um parêntese. (Lembro que nosso “grupo”, amigos de Bom Jesus, mais o bumbo leguero do Renato Araújo da Famecos, embarcou na onda dos festivais nativistas em 1983; e distribuímos também livretos nas portas dos ginásios da Ciranda, em Taquara, e Cachoeira do Sul, na Vigília).
Entre nós, agora, com o Financiarte da prefeitura (que subsidia as obras), também se pode fazer o mesmo. De certa forma, se faz, pois a contrapartida dos projetos sempre é destinar os livros para colégios e bibliotecas, atingindo milhares de alunos.
E do Financiarte, então, o que sobra, que se venda a 2 pilas!
Livros a R$ 2.
Na feira de Bom Jesus, no mês que vem, vou vender a este preço.
***
O que me intriga, nesta minha “conspiração pela cultura barata”, é que um ótimo papo com o Daniel Galera (sobre narrativas contemporâneas e DE GRAÇA), atraiu apenas meio auditório. Aí, eu fico sem argumentos.

Jornal Pioneiro de hoje.