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terça-feira, setembro 21

O chamado do twitter

“Juíza ‘batiza’ mulher sem nome”. “Mudinha confessa tudo”. “Acrobata dorme no trapézio” e o “Padre ‘vende’ igreja”.
Entrar no twitter será acabar com estas boas recordações das aulas. Não quero ainda decepcioná-los, atuais e ex-alunos. Fiquemos pra nós com o “Isso não é Jornalismo”, com o bah, pô!, “a cobra que mamava”. O putz! para os títulos genéricos. Guardemos para sempre entre nós o título que não repete a cartola.
“Muito ruim este texto”. “Não temos notícia”. “O que importa é o ser humano”.
Alunos, meus amigos, não insistam. Entrar no twitter é cair na redundância, no lugar-comum da chaminé com um cara entalado. E ter de usar o delete, quando nunca usamos borracha.
Fiquemos ainda com os textos riscados, a “edição” em vermelho, a letra miúda à margem, a metade dos meus salários gasto em canetas. Em verde, azul, milhares de tweets à margem. Sim, porque aqueles recados entre os espaços duplos era já escrever limitado, às vezes pedindo desculpas.
Entrar no twitter, por isso, é recontar caracteres. É tornar público o “segredo da pirâmide” (o cara que furtou chocolate, o delegado do quarto parágrafo).
No primeiro, o velho “lead”, que o Noblat inventou de matar e a gente ressuscitava. “Vá vender um novo parafuso sem o Lead! Você fica desempregado”. O Lead garante emprego, ele é contra dor de dente, saldo no banco espetado, segurança ao casamento.
Busque sempre um bom começo, claro. Seja direto, não esqueça da premissa, a boa frase de passagem.
Em seguida (lembram?), vem o histórico: breve, conciso, situando ainda mais o assinante, que o leitor é de Marte, não sabe nada.
Vamos às falas. Agora é o terceiro parágrafo. O espaço das fontes — e a fonte vai falar “como gente fala”. Dê as duas versões do fato, a cada lado a razão que lhe cabe. Não ultrapasse duas linhas. Não vulgarize o que vai ser dito.
Pô!, texto confuso. Bah, não tem nem o arremate, parece até “brizolismo”. Seja propositivo, não tem bláblá ou lengalenga. O texto opinativo exige solução, respostas, ninguém compra jornal para ficar na dúvida. Não pergunte. Proponha.
Proponha ao seu velho amigo que entre no twitter.
Mas, ah, estimados alunos, entrar no twitter é pior que linha de apoio. Talvez demore um pouco. Ela não está zerada.