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quarta-feira, setembro 1

História da poesia de Caxias

João Spadari Adami, o barbeiro que nos deixou uma História de Caxias do Sul que não tem preço, revela mesmo uma espantosa capacidade em coletar fatos e documentos. Entre a sua grande produção, num sugestivo título, promete: História da Poesia em Caxias do Sul.
Pô, pensei. Como não conferir isto?! E fui ver.
De fato, um dos seus volumes sobre a história de Caxias do Sul traz capítulo sobre a poesia. E que o há de “livro” mesmo, é uma “separata”. Isto é, aquele mesmo capítulo do livro, editado em publicação avulsa.
São seis páginas apenas. Mas é o que basta. É o que há de mais concreto e relevante sobre os poetas caxienses do passado. João Spadari Adami começa nos dando notícia dos desafios em versos de três funcionários da Comissão de Terras à época da imigração: Bento de Lavra Pinto, José Bernardino dos Santos e Carlos de Lavra Pinto. Eles se reuniam num salão de bilhar e chegavam a escrever versos nas paredes.
Mas Adami, lá com seu critério de buscar em jornais, não os considera os pioneiros da poesia caxiense (embora Bernardino pertencesse ao poderoso Partenon Literário de Porto Alegre). O pesquisador, a partir do jornal O Caxiense, de 1897, descobre ali José Barros Cobra, que publicou na imprensa a primeira poesia, “sendo, por conseguinte, cronologicamente, o primeiro poeta caxiense”.
Barros Cobra era o pseudônimo de José Michel, provavelmente um funcionário público, que não nascera em Caxias. O primeiro filho da terra a publicar seus versos será Antônio Casagrande, que tornou público, em 1900, no jornal O Cosmopolita, o poema Despedida de Caxias.
Perceberam a importância da pesquisa? A partir de “jornais emprestados”, Adami compõe a trajetória da lírica caxiense, destacando na sequência nomes como Jerônimo Neves, Vivita Cartier, Antonieta Saldanha, Luís Miler, Vico Thompson, Olmiro de Azevedo, Frontino Mesquita e Ciro de Lavra Pinto.
Entre os dados curiosos do levantamento, a presença entre os poetas de D. José Baréa, primeiro bispo de Caxias.
A pesquisa, “espinhosa missão”, segundo o próprio Adami, vai até por volta de 1960. E é fundamental para que se estude também a Literatura de Caxias a partir daí. Pesquisadores, professores, estudantes, autores de Caxias precisam ter acesso a esse material.

Crônica no Pioneiro.