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sábado, setembro 25

A expressão da vida

Grande parte dos trabalhos tardios de Iberê está exibida na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, cuja sede foi projetada pelo arquiteto português Alvaro Siza. “Nas obras da maturidade ele defendia a capacidade de o indivíduo se expressar, criticava quem se deixa manipular: daí As Idiotas”, diz o escritor Paulo Ribeiro, que conviveu com o artista no fim da vida e escreveu uma novela ficcional sobre as conversas que mantiveram. “Além de lamentar os rumos do mundo e voltar-se para os desejos e angústias da humanidade, estava traçando uma linha em direção próprio passado. Produzia para apalpar a eternidade e dominar o tempo, para continuar conosco por mais tempo”, afirma Ribeiro.
Em paralelo à pintura, o pintor encontrou tempo para publicar, em 1988, os claustrofóbicos contos de No Andar do Tempo (esgotado). Adorava Dostoiévski, Kafka, Dante, Faulkner, Tolstói.
Tanto desencanto com o pincel não se refletia no trato pessoal. “Era generoso, falante, conciliava a solidão da criação ao convívio tranquilo no dia a dia”, diz Ribeiro. Era ácido. Iberê dizia que o Brasil é um “castelo habitado por mendigos”.
Brigou a vida toda por subsídios para diminuir o preço das tintas importadas e, nos últimos anos, reclamava que pintava para “si mesmo ou para holandeses comprarem”. Nunca entrou na onda da arte; chamava as instalações de “penico quadrado e arame farpado”.
Tamanha intensidade não podia resultar em outra coisa que não um casamento visceral com pintura. Como ele declarou à crítica Lisette Lagnado, “o homem sem fé não cria". Fé em quê? No que faz.

Trecho da matéria da revista Vida Simples, do mês de outubro e que já está nas bancas, sobre o Tríptico de Iberê.
No próximo sábado, na Feira do Livro de Caxias, autografo a obra. Trata-se de uma coletânea, da qual participo com um dos ensaios sobre o Iberê escritor.
O encontro, um bate-papo intitulado Pintando com as Palavras, terá também a participação da professora Silvana Boone, do Curso de Artes da UCS, e de Mara de Carli, do Núcleo de Artes Visuais de Caxias do Sul.
Sábado, no Auditório da Feira, às 16h30min. Também estará à disposição o romance O tal Eros Só, Osso relato, lançado em abril.
Apareçam!!!