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terça-feira, abril 6

Os Chicos espíritas

Fui assistir ao Chico Xavier e confesso que não me empolguei. Eu esperava muito mais sobre o espiritismo, sobre esta impressionante doutrina que começa com Allan Kardec, na França, e vem encontrar no Brasil o seu terreno mais fértil.
Está certo, é um filme sobre a biografia das “muitas vidas” de Chico Xavier, mas eu esperava mais contexto, mais História do Kardecismo, do que apenas acompanhar um Chico Xavier em conversas com o espírito de Emmanuel onipresente. Soa falsa a presença do mentor espiritual de Chico materializado na tela.
Por que eu esperava mais contexto? Por causa da longa tradição, da forte atuação espírita em Bom Jesus, que marca quem nasce lá. O Bonja foi um interessante ponto de divulgação da doutrina, principalmente pela presença de Francisco Spinelli, que introduziu a “evangelização” nos centros e fundou também as Caravanas da Fraternidade.
Em Bom Jesus, com Marcírio Cardoso, Francisco Spinelli seria um braço na divulgação da doutrina, mesmo antes de 1915, quando fundaram o primeiro centro na cidade. E levaram um sujeito de nome Acylino, de Araranguá, que pela primeira vez promoveria uma sessão espírita. Não é pouco para a época.
Com um educandário atuante, e com Francisco Spinelli inclusive criando as “escolas dominicais”, a leitura do Evangelho logo se espalharia aos demais centros subsidiando a doutrina. Por este aspecto, o Centro Espírita Amor de Jesus foi muito importante no Rio Grande.
Houve uma série de desencontros com os capuchinhos, principalmente pela atuação de Chico Spinelli, que se tornaria mais adiante presidente da Federação Espírita Gaúcha, e integrante do Pacto Áureo, o congresso que unificaria todos os centros do Brasil, no final dos anos 40. Os espíritas viviam em conflito por conta da condução da doutrina.
Por isso, fui com muita expectativa assistir ao Chico Xavier e, daí, certa decepção.
Figuras como Bezerra de Menezes (que também ganhou filme, que não assisti), Zé Arigó e Dr. Fritz, não recebem espaço. Claro, o diretor Daniel Filho optou por centralizar na figura de Chico Xavier. Mas tal trajetória, monótona por si, em duas horas de filme se torna ainda mais.
O que mesmo prega o Kardecismo? O que significa a vida num outro plano espiritual? Como não melhor revelar esta doutrina que tanto conforta em momentos cruciais e de desespero? O filme fica devendo isso.

Crônica no Pioneiro de amanhã.