A neve permaneceu
A neve de 1957 foi a maior. Mas, as fotos agora revelam, a nevasca de 1965 também não ficou para trás. Foi a mais rigorosa. Entremeada com uma semana de fortes chuvas, naquele ano houve dias de muitos “capuchos” no registro que se eternizou.
O site com as fotos, além do aspecto emotivo, é uma pequena aula de história da nossa terra. Desde 1942, mais precisamente dia 19 de junho (dia de forte nevasca), mostra aquilo que Bom Jesus sempre foi: uma bonita paisagem. E quanto mais antiga, mais bonita fica. É dessa Bom Jesus que falo a rivalizar com Rio.
Daquele 1942, por exemplo, se pode ver a casa de Marcírio Cardoso, que servia então para o Tabelionato, e que foi por muitos anos o Posto de Saúde (aliás, hoje outro prédio, mas que permanece no lugar).
E há uma outra foto desse dia mostrando a Praça Rio Branco cercada de arame. Ao lado, uma casa de madeira onde será depois erguido o Juventude, um dos clubes de lá.
Em 1952, junto com a neve se pode ver o velho Café União, de Domingos Spinelli. E o busto do Major Antônio Inácio na primitiva praça desenhada por Iberê.
Em 30 de junho de 1955, ergueram um boneco sabe-se lá a quantas mãos.
Mas a neve que mais teria acumulado é a de 1957. Teria atingido 2 metros e há um registro de elegantes mulheres com seus casacões. (Será perto da casa de Sizino Aver, o construtor dos alicerces da igreja matriz?)
A neve de 1964 serve para mostrar que o reservatório d’água e o coreto ainda eram centrais. E, em 20 de agosto de 1965, a última neve na antiga praça, dá uma ampla ideia daquele “outro” Bom Jesus, do seu cinquentenário e dos capuchinhos a influenciar. Em uma foto surge a prefeitura recém-construída; ao fundo a imensidão da brancura a tapar.
Teremos neve em 1990, 1992 e 1994. Nenhuma delas, porém, com a força das nevascas de 1957 e 1965.
Recomendo conferir o site (onde também se sintoniza a Rádio Aparados): www.bomjesusturismo.tur.br/
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