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sexta-feira, abril 16

Dívida literária

Sempre sou indagado sobre quem me influenciou a escrever e porque decidi ser jornalista. Não tem como responder. É uma sequência de fatores que acabam “formando” o autor. No meu caso, posso indicar uma lista, que é uma forma de reconhecimento:
1) A minha muito boa alfabetização com Anita Piazza; 2) Os primeiros livros alcançados por Eny Saraiva. Meu pé de laranja lima foi o primeiro;
3) Ter sido jornaleiro. Enquanto entregava jornais eu lia as notícias. Costumava ler as crônicas da Ivete Brandalise na Folha da Tarde. Lembro de uma manchete dos jornais que vendia: Morreu Mao (Mao Tse Tung, o líder chinês);
4) O incentivo de Maria Magdalena Gomes, Regina Barbosa de Almeida e, de novo, Anita Piazza, nas redações em aula; 5) As revistas Veja antigas que minha tia Noêmia trazia todos os anos da JUC-Casa 7 de Porto Alegre, onde era cozinheira. Os livros velhos que a tia Noêmia me presenteava (os gibis que eu consumia);
6) Uma entrevista de Paulo Roberto Falcão, que dizia, no futuro queria ser jornalista; 7) A descoberta de Drummond e Vinicius de Moraes na mesma época;
8) A venda de livros pelos Correios. Eu gastava toda a minha grana de office-boy do Banrisul comprando coisas como O Inferno na Torre, Krammer versus Krammer, e, por conta própria, Grande sertão: veredas de João Guimarães Rosa.
9) O meu interesse pela biblioteca Frei Damião, do Ginásio de Bom Jesus, onde eu vivia fuçando; 10) Uma Coleção da editora Abril, com as melhores reportagens da Realidade, Veja, Placar e Quatro Rodas.
11) A influência do pessoal do teatro de Bom Jesus, que plantou a semente uma geração antes; 12) As gincanas do Ginásio e também uma gincana da Rádio Fátima de Vacaria;
13) A descoberta do poeta português Herberto Helder, em Lisboa; 14) A leitura de James Joyce naquele mesmo tempo; 15) O irmão Mainar Longhi e as suas fichinhas de livros em caixa de sapatos na PUC.
O listão não acaba.
Crônica desta semana no Pioneiro.