OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

sábado, janeiro 9

Memórias mortas

Fui dar uma conferida no que comemoraria centenário em Bom Jesus em 2010 e nada. Os meus conterrâneos deviam estar se guardando para o grande 1913, ano da emancipação do município.
Pulei então para 1920. Naquele ano, exatamente, foi construída talvez a casa arquitetonicamente mais bela do Bonja. Em estilo moderno, de alvenaria, a casa foi encomendada por Purcínio Mâncio da Fonseca. Fica ainda hoje na Borges de Medeiros, na descida do Banrisul. Conta a lenda, foi construída porque o Purcininho queria ter uma ampla sacada de onde pudesse observar os trabalhos na Fazenda da Balança, distante uns 5 quilômetros da cidade. Mas, a casa se notabilizou mesmo por depois pertencer ao Verenzuki, o sapateiro russo que fixou moradia em Bom Jesus, que é pai da Kátia, esposa do Antoninho Xavier, médico há muitos anos em Vacaria.
De 1930, cabe comemorar a passagem do Assis Chateaubriand, logo após a tomada do Rio de Janeiro pela Revolução de 30, atrasado que ficara em Florianópolis para não estragar os planos de Getúlio. Consta que Chatô veio de São Joaquim, passou por Bom Jesus então na fazenda de Dona Isaltina Borges e na casa do Eurípides Rosa. Naquele mesmo ano, Bonja muda o nome do cinema de Gaúcho para Cine Guarani, antecipando a onda de nacionalismo que Getúlio imprimiria ao seu governo nos anos seguintes.
O ano de 1940 marcará a chegada dos primeiros aviões a Bom Jesuss!!! É a influência de Chateaubriand, que através dos seus Diários Associados patrocinava a formação de Aeroclubes em todo o país. Aquele ano também marca a chegada do judeu Gregório Ioschpe, que comprará o pinheiral do Eurípides da Rosa, dando início a “era da madeira”. Bom Jesus chegará a mais de 100 serrarias, num universo de 37 mil habitantes.
Em 1950, Fortunato Krammer da Fonseca manda construir a casa com os cavalos na fachada, que depois passará a Adílio Palma Velho. Também nesse ano aparece a Escola Eduardo Ganz, a escola dos espíritas, que viviam o seu auge.
Os padres ampliam o salão Paroquial, em 1960, criando o novo cinema na cidade. Helmute Siqueira faz as primeiras pregações com o intuito de criar a Assembleia de Deus no Bonja.
Em 1970, os capuchinhos entregam o Ginásio ao Estado. Heloís Dutra inaugura a nova avenida com o colégio Irmãs Ramos de fundo.
E os anos 80 e 90 já são nossas memórias vivas.

Próxima crônica para o Pioneiro.