OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, dezembro 16

O pianista rindo

É possível pescar aí na Internet Harpo em dueto com Chico (Chico Marx era excelente pianista, enquanto Harpo se virava mesmo com a harpa, daí o codinome). No dueto, que é dos momentos memoráveis da história do humor, eles tocam... (bem, confiram no texto abaixo). Num outro vídeo, se vê Harpo literalmente destruindo um piano enquanto executa Rachmaninov. É o pianista rindo do caos de ruídos, sem perder um segundo a nota.
Harpo escreveu uma autobiografia que intitulou Harpo fala. Genial, porque ele se notabilizou nos filmes dos irmãos exatamente por nunca falar. Harpo era hilário, tapava a cabeça com uma peruca desgrenhada e fazia suas “gags”. Ao lado de Chaplin e Buster Keaton, os Irmãos Marx são reconhecidos como os comediantes de maior espirituosidade. Das situações mais sérias ou corriqueiras tiravam saídas geniais. Influenciaram gerações.
Como homenagear Harpo aos 90 anos do primeiro filme dos Marx? Com um palíndromo, porque escrever de trás pra diante tem muito a ver com as interpretações dos três irmãos. E este tipo de escrita é mesmo propício ao humor. Leiam o texto que segue, de baixo para cima, da direita para a esquerda. É Harpo no Brasil.

Ó, pra Harpo
É piano. Ressona e baba lá o caos. Às. E na tuba “Mamãe eu quero”. O fanho onha fó. Ré. Só gagues. É Jô. Harpo é o zarpar. Humour.
És o “mi” no nisso o teu dom. E piana. Sorri. PS: é a cidade mi. Fax, ramal, o apagão.
“Refeijão?” “É nome?” “Em rodelas.” “Ué, como boi, dê aí...” “A diva ou cavaco?” “Ambos.”
Arte letra, ah, na manha, ó!, pra Harpo.
Ari é só, bá, bazófia: “Ramo?” “Do mar, robalo.”
Ô, leseira, e ira. Ari é Ari. É sê-lo.
Ô, labor. Ramo do mar. Aí, foz, a baboseira.
Ó, pra Harpo!
Ah, na manhã, arte letra. Sob má. Oca. Vácuo, a vida.
“I, ae, Dio bom, o Céu?” Sal e dorme. Emo, né. Ô, a Jiefer, o ágapa.
“Olá, Marx, a fim?”
É. Dá dica. Espirrosa, naipe. Mó dueto: os sinônimos. (É. Rúom. Úhr!) A prazo é o pra hoje. Seu gago ser, o fanho onha fó. O réu que é. A má (má!) butanesa. Só acoa lá. Babe a nós ser o naipe.


Crônica no Pioneiro de hoje.