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quarta-feira, outubro 14

Duda Guennes

Meu Brasil Brasileiro no formato eletrônico. Foi esse o motivo que me levou a caçar na internet o livro do Duda Guennes. O Duda é ainda exilado político (além dele só sei do Ivan Lessa, ainda em Londres), está em Lisboa desde 1974, chegou com a Revolução dos Cravos e nunca mais voltou.
Duda foi namorado da Nara Leão. Trabalhava em O Globo, fazia parte do Pasquim, e foi ser correspondente em Lisboa. Lá, colaborou com Josué Guimarães num jornal também humorístico, que tinha nome de tanque de guerra num Portugal que se redemocratizava.
Não achei o livro, mas achei o e-mail do Duda. Tasquei uma mensagem: perguntei se lembrava que, em 1985, através do Assis Pacheco, cheguei como um “embrulho”, apresentado como um conterrâneo que precisava de emprego.
No e-mail, falei que, de novidades, só tinha uma, quentinha: o seu Fluminense tinha derrotado o Santo André, e passado a lanterna para o Sport do seu Recife, que o Duda é pernambucano. Imaginem isso: um sujeito, desde 1974 em Lisboa, saber de uma novidade destas! Tem um tremendo significado, pô!, ele é Flu como o Nelson em seu tempo.
Desde 1980, Duda escreve uma coluna para o jornal A Bola. É a mais antiga coluna de Lisboa, e que resultou no seu único livro, Meu Brasil Brasileiro, que traz histórias de futebol, histórias hilárias, claro, e que eu tenho curiosidade. Uma delas: Garrincha, certa vez, respondeu a um diretor que lhe chamou de boêmio por frequentar boates. “O senhor também já foi visto várias vezes em velório e não é defunto.”
O Duda tem mesmo várias histórias. Escreve sobre candomblé, sobre o folclore brasileiro, além de contar também coisas inacreditáveis de seus amigos. Um deles (descobri pelo Mauro Ventura) colecionava “bens imateriais”. É. O cara colecionava apertos de mão. O sujeito trazia anotadas todas as mãos importantes que já apertara, de JK à Rita Lee, tinha o registro até da Rita Pavone.
O Duda e as suas. Em 2001, atuou em A Bomba (hehe, será que o título do filme português já traz uma autocrítica embutida??), fazendo o papel de presidente do Brasil!!!
Além de escrever para jornais e revistas, quando o conheci, Duda sobrevivia de traduzir as revistas de Walt Disney. Transcrevia do português brasileiro para o português de Portugal. Se ainda fazia isso, é a nossa maior vítima da reforma ortográfica.

Crônica no Pioneiro de hoje.