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terça-feira, junho 16

O fazedor de livros

Nunca conversei com frei Rovílio Costa, mas sempre o admirei à distância. A vez que estivemos mais próximos foi no Cais de Porto Alegre, na abertura da feira do livro da qual foi patrono. O que mais ouvi naquele final de tarde mormacento foi: “muito merecido!”. Eram unânimes. Ali estava um homem dos livros.
Frei Rovílio editou centenas de obras com a sua EST (editora da Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brides). Admirava a sua coragem em editar aqueles volumes de quase mil páginas com assuntos que as editoras comerciais jamais publicariam. Confesso, porém, me incomodava a rusticidade dos livros, sem costura, que davam a se despregar tão logo se manuseasse.
Frei Rovílio foi um fazedor de livros. Devo a este capuchinho muito do apego à história de Bom Jesus. Em 1977, em parceria com a UCS, ele publicava Bom Jesus Histórias de uma Cidade. Depois, em 1981, Bom Jesus, Duas épocas. Estes dois livros, do médico Ennio Farias de Abreu e sua esposa, a historiadora Marisa Abreu, sempre serviram de referência para os textos que escrevi sobre o meu Bonja.
São apenas dois exemplos do trabalho de Rovílio próximo a nós. Poderia também citar Vacaria dos Pinhais, de Fidélis Dalcin Barbosa, também editado por ele. Mas, o fato é que Rovílio foi o grande incentivador das pesquisas sobre a imigração italiana em nosso meio. Arquitetura, política, economia, música, o que se relacionasse aos gringos interessava ao capuchinho. E não só. É edição dele, por exemplo, o fundamental Os Capuchinhos do Rio Grande do Sul (nos 100 anos de chegada), de sua autoria em parceria com o meu conterrâneo Luis Alberto De Boni.
Cartas de Alforia de Porto Alegre, sobre a libertação dos escravos na capital, também teve a sua edição. Livros do nosso Mario Gardelin. Frei Rovílio prestigiava toda a área da cultura e seus mais diversos autores.
Quem se interessaria em publicar livros sobre tropeirismo?? Pois bem, ele publicava. E aqui, um ponto de convergência de minha trajetória com este frei que jamais encontrei. Dividi com ele as “orelhas” de apresentação de Bom Jesus na Rota do tropeirismo no Cone Sul, organizado por Lucila Sgarbi Santos e Véra Maciel Barroso. Falei ali de nosso primeiro romancista serrano e do Honeyde Bertussi construtor de bruacas. Percebo agora o privilégio de estar ao lado deste generoso frei, que agora perdemos e nos deixa tão bonito legado.

Crônica para o Pioneiro de amanhã.