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quarta-feira, maio 6

Jornaleiro da ZH

Jornaleiro em Bom Jesus — nem pensava em ser jornalista — lembro de uma das manchetes: Morreu Mao. A chamada se referia ao líder do Partido Comunista Chinês, Mao Tse-Tung, que protagonizara a Grande Marcha em 1934, e estava no poder desde os anos 40. Pirralho, eu tentava alcançar a dimensão daquela manchete que estava na capa de Zero Hora em 10 de setembro de 1976.
Zero Hora, então com 12 anos, disputava espaço com a Folha da Manhã e Folha da Tarde, os tablóides da Caldas Junior. Portanto, agora percebo, participei da migração dos leitores das folhas e do Correio do Povo para Zero Hora. Lembro que o Tio Véio, Otílio Córdova (meu tio de criação), trabalhava em Porto Alegre com o criminalista Eloar Guazzeli. Quando ia a Bom Jesus, Tio Véio preferia comprar Zero Hora.
Tenho bem marcado quando o Carlos Nobre (com o seu humor diário e as mulheres seminuas) saiu da Folha da Tarde para a última página de ZH, o que alavancou muito a leitura. Mas, para aquele menino que se interessava por notícias, 1974 talvez traga a lembrança mais forte. Foi quando aconteceu a famosa Corrida de Gatos. Não esqueci um nome estampado em Zero Hora: Palmira Gobi. Era uma severa defensora dos animais e condenava com todas as letras a iniciativa dos meus conterrâneos, que foi bater até no Fantástico da Rede Globo.
Acompanhei por Zero Hora a avalanche colorada nos anos 70, com aquele timão que formaram. E o jornal então já se firmara mesmo e ficou para preencher o vácuo da falência da Caldas Junior.
Anos depois, jornalista formado, fui trabalhar numa das tantas iniciativas de concorrência aos Sirotsky. Chamava-se Diário do Sul. Na primeira semana, “setorista do Inter”, descobri que Gilberto Medeiros concordava com Raul Régis, e aceitava a indicação do Grêmio para o árbitro do Grenal. Paulo Sant’Anna, que ainda escrevia sobre futebol, (em meu terceiro dia de Diário) dedicou espaço na sua coluna para enaltecer “o furo” do concorrente.
Em seguida, lancei Glaucha, o primeiro livro, e tive impulso de Zero Hora, com matéria do Juremir Machado da Silva. Quando saiu Vitrola, igualmente recebi apoio, e também em ZH tive a “polêmica dos 3 meses” com o Diogo Mainardi (este mesmo da Veja), trocando farpas sobre a representação dos pobres na literatura.
Depois, colaborador do Pioneiro, deixei de mandar textos para o Segundo Caderno. Mas já era uma boa relação para quem vendia o jornal pelos bares do Bonja.
Texto de hoje no Pioneiro. Na foto, o grande Carlos Nobre.