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sábado, fevereiro 7

Aparições da primeira rua

Eu queria balada assim, balada grávida, balada como os Beatles faziam canções.
Eu queria como o cão da doceira, prelúdio, farsas, trapaças, como se negam as traições.
Amostras de amor, excertos, páginas cortadas, tratar psicologia com prosa, um soneto que o louco bebeu.
O canto dos pés na bacia, eu queria honrar Maria Flávia, a paisagem com mulas na infância, a D. Isolina Paim.
Uma rosa com esperança. O flautista esperando chuva. Cenas nervosas, desmaios, as saídas de nossos velórios, dente siso no verão.
E eu me riria pagão. Um besouro. Astronauta, Neil Armstrong, a pensionista em confissão: não está na Lua nada é na praia que anda. E os lençóis mais caros do mundo ela dizia ter.
Toda a aritmética. Eu queria fazer elogio ao sírio, paródias ao amor, ao dinheiro, o que move o fatigado a Jesus?
Um longo capítulo da infância. Canastras, o número que fez a girafa, aparências tão cedo a queimar.
Sem queixa, com as tripas, demente, tranqüilo, crescer na rua de um velho poceiro, trecho de estradinha a afundar.
Religião, morto sentindo o cheiro, o Beco do Chico Velho, França e Lissa a jogar.
Eu queria a terminologia daquele turfe, éguas, potrancas, até foguetear Lacrimosa, a saúde para Isabel.
Eu queria um lugar à mesa e nem a mesa mais há. E nem luz, era vela, o poço dos nossos pobres tinha água a saciar.
Uma rua de mulheres: lavadeiras, cozinheiras, passadeiras de algum hotel.
E, hoje, só aparição.