OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, janeiro 21

O Bertussi só assistiu

É falar em rodeio em Caxias que já se ouve alguma d’Os Bertussi. Isto é o que se chama “estilo”. Quando uma obra vira referência, plena identificação. Lembrei disso agora e a ironia de como a dupla começou. Os Bertussi são um caso de saúde, deixa eu contar.
No segundo aniversário da Rádio Caxias, em 1948, no cinema Guarany se apresentavam vários artistas. Honeyde assistia da plateia. Embora já conhecido como tocador de bailes (e com um programa na própria rádio), não tinha a “estatura” ainda para fazer parte das atrações. Um reflexo do preconceito com a música gaúcha, que não era valorizada. Em Caxias, Honeyde era o único que divulgava o gênero no rádio.
No mesmo ano o programa Cancioneiro das Coxilhas foi suspenso. Honeyde teve problemas de saúde. Com a doença, Adelar acabou assumindo os compromissos do irmão. Tocou bailes, festas com a ajuda do violonista e também gaiteiro Zequinha Silva.
Adelar tinha apenas 15 anos. Honeyde nem sonhava que, às escondidas, na sua própria Todeschinni, Adelar já vinha ensaiando. Foi difícil, no entanto, vencer a resistência da mãe. Aquele guri não podia com o peso da gaita!
Mas, Honeyde gostou. Mais ou menos no seu esquema, repetindo as canções noite adentro, o repertório de Adelar era ainda menor: oito músicas. Honeyde ficou satisfeito em saber que o irmão dava conta do recado. Uma diferença de 10 anos entre eles. O resto é a história que está aí.
***
Solito: 1. Um cabrito e uma rês? 23. Martelões do inferno: 77. O azarado: 13. Quem chegasse no Clube Juventude às sextas-feiras ouviria o Ivo cantando o bingo. E é adequada a expressão “cantar o bingo” porque, ao contrário destes bingos de exploração, aqueles beneficentes eram um verdadeiro ritual. Era preciso um espírito inventivo.
Tenho a impressão que o Ivo foi quem mais persistiu cantando bingo no Juventude, porque de lá saía a grana que ajudava a segurar as despesas do time. Aliás, não deixar morrer o futebol do clube foi uma das suas maiores lutas. Além dos bingos, o Ivo foi massagista, e foi diretor de futebol, e foi treinador, praticamente fez tudo.
Por muito tempo, foi o guarda do Banrisul. Depois, passou para Auxiliar Administrativo. Ivo Sebastião da Silva (era primo do nosso pintor Agenor) foi criado pela D. Dorvalina Silveira. Era quem ajudava na chácara por lá. O Ivo foi um brizolista da vida toda. Uma daquelas grandes figuras e que Bom Jesus agora perdeu.

Crônica no Pioneiro de hoje.