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segunda-feira, setembro 1

Dante, Otelo e Guilhermino

Uma das fotos que eu mais considero é um abraço do Dante de Laytano no Grande Otelo. Ampliada, ficava na entrada do gabinete do professor Dante, que foi um estudioso, um dos primeiros da trajetória do negro no Rio Grande do Sul. Otelo, como sabemos, era baixinho, aquela figura bem-humorada, um dos maiores atores que o país já teve. O professor Dante era bonachão, bochechudo, e o contraste entre os dois é que dá beleza àquela fotografia.
Dante de Laytano era uma figura. Historiador, pesquisador das influências açorianas em nosso meio, por muitos anos professor na UFRGS, tinha criado uma fundação em homenagem à sua viúva, D. Ilha. Foi através desta fundação que andei depois lá por Toulouse. E sem contar que muitos dos meus primeiros poemas era o Dante quem lia. Já devia estar quase nos 80 anos e tinha paciência com aquele “poeta”. Tenho guardada uma sua “apreciação” daqueles textos, que seria a orelha do meu primeiro livro, jamais editado. Os poemas eram bem ruinzinhos.
Eu vivia de corpo e alma a história de ser escritor, e mais ou menos na mesma época, também fui conhecer o Guilhermino Cesar. Era outra figura. É o autor de nosso melhor estudo sobre a dita “literatura gaúcha”, numa obra intitulada História da Literatura do Rio Grande do Sul. Estão aí os primórdios.
Guilhermino foi um dos assíduos colaboradores do Caderno de Sábado do Correio do Povo, no tempo ainda de textos longos e bem argumentados. O melhor daquela colaboração está sendo publicado pela editora da UCS.
Retomei por estes dias as pesquisas de Dante e Guilhermino. E então me dei conta da minha ousadia. O encontro com Guilhermino, a convivência com o Dante de Laytano, foram conquistas, privilégio. E, posso dizer, fortuna pessoal acumulada.


(Acima: Dante de Laytano em seu gabinete. Foto: Banco de dados Zero Hora. Texto para o jornal Pioneiro de quarta-feira.)