OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, agosto 27

Roberto Carlos não fala

Roberto Carlos é um dos meus ídolos. Só por ter feito Detalhes já valeu a sua carreira dentro da melhor música popular dos últimos 50 anos no planeta. Tem também o Roberto Carlos da fase rock, com aquela versão chamada Nasci para Chorar que já mostrava quem era o cara nos anos 60.
Mas vamos combinar que o Roberto Carlos é também um baita “embromeichon”. Enrolador que só ele, Roberto Carlos apareceu domingo ao lado do Caetano Veloso numa gravação depois do show que fizeram em homenagem ao Tom Jobim e à Bossa Nova.
Roberto Carlos tem 50 anos de estrada e também mais de 50 “álbuns” gravados. E o que um cara com toda esta trajetória, indo para a casa dos 70 anos, tinha para nos dizer?? Que acompanha a novela das 9!
Era isso! Sempre se dizendo “emocionado” com qualquer encontro, Roberto Carlos nos fez assistir a um Caetano simpático e educado com a sua declaração à Patrícia Poeta. Mas Caetano, numa ironia constrangida, não deixou de observar: “É, eu tô sabendo muito de Flora e Donatela”.
Roberto Carlos fatura milhões com seu contrato de exclusividade com a Globo. Roberto Carlos (dizem que supera Chico Alves) é o nosso maior intérprete e o mais popular cantor da história da música brasileira. Ele soube, em parceria com Erasmo (Chico Buarque é de outro naipe), cantar o amor e o cotidiano dos casais de maneira tão sincera e simples que certas canções suas beiram ao clássico. Outra Vez é uma dessas músicas (embora a letra seja de uma certa Isolda).
Mas, Roberto Carlos, como nas suas fraquíssimas entrevistas, também me pareceu sempre um pouco, digamos, ingênuo. E assim foi em sua carreira. É o típico caso de artista, criador, que não soube a hora de parar, de ligar o “sefragol” e não começar a sombrear as boas coisas feitas. Caminhoneiro, mulher de óculos, baleias são um verdadeiro estrago na grande trajetória do RC dos anos 60 aos 80, seu auge.
Roberto Carlos é meu ídolo, mas embroma. Patrícia Poeta, ao final da entrevista, lhe diz:
Foi uma honra ser recebida por vocês”.
Roberto responde: “A honra foi nossa”.
Galanteio? Foi nada. É sempre esta “honra” aí, nesta “honra” ali (que ele diz também para Deus e o Chitãozinho) que Roberto Carlos me decepciona. Aliás, não conheça os seus ídolos. Não queira chegar perto ou ouvir os seus ídolos. É sempre uma furada.
Texto publicado no Pioneiro de hoje.