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terça-feira, maio 20

Sinfonia de um Novo Mundo

O New York Times sugeriu em matéria recente que a Amazônia “não é brasileira”. Seria um patrimônio internacional, o espaço que regulará o meio ambiente no futuro. A Amazônia é o pulmão da humanidade sempre foi apenas uma frase. Mas agora a coisa começou a ficar séria. Os Estados Unidos mandaram o seu recado.
Não faz muito, aqui bem perto, houve reuniões para se estabelecer medidas que também preservem a área principalmente dos Aparados da Serra. Também aqui se pode dizer: a área dos Aparados da Serra não pertence apenas a Cambará e São José dos Ausentes. Os Campos de Cima da Serra são os nossos pulmões.
Antes da emancipação dos Ausentes, esta área do extremo nordeste, fronteira com Lages, São Joaquim, por ali, pertenciam a Bom Jesus. E Bom Jesus chegou a ser chamado por um tempo, entre 49 e 58, de Aparados da Serra.
Bom, todos sabem que nessa região estava a maior concentração de araucárias do Estado. E o que houve? Uma exploração sem controle, com o corte de árvores e devastação da terra, deixando por lá um verdadeiro “deserto”. O meio ambiente, claro, à época, não tinha a força que ganhou depois. Mas, se sabe de medidas que exigiam reflorestamento e que nunca foram obedecidas.
Bom Jesus, no auge do corte dos pinheiros, chegou a ter cerca de 150 serrarias. Era uma verdadeira indústria, que dava trabalho e impulsionava o comércio de um município com 37 mil habitantes. Hoje, são 11 mil, incluindo cidade e campo. Dá pra se ter uma idéia do estrago.
Vitrola dos Ausentes, uma novela que escrevi, pretende dar conta desta migração. Há, no seu transcorrer, uma intensa polêmica sobre o progresso e o futuro. Dois grupos discutem se é válida a instalação de um banco na minha São José ficcional. Termina com a saída de quase todos do espaço, por conta do tal “progresso”. Daí os “ausentes” do título, que são os nativos saindo com suas mudanças, e no meio de uma das mudanças segue uma vitrola. Música triste.
Pois é isto que está em pauta por lá agora. As reuniões devem indicar sugestões, de novo, para o “progresso”. No fundo, fazendo uma caricatura, está se discutindo se devem instalar um “banco” nos Aparados. Leia-se “banco” como o cultivo dos campos para a monocultura, a exploração do Parque dos Aparados que não seja tão-somente para o turismo.
Espera-se que desta vitrola saia A Sinfonia de um Novo Mundo.