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terça-feira, abril 1

Sem capital

Talvez a melhor avaliação de Caxias do Sul como Capital Brasileira da Cultura só se possa fazer em 2009. O que se constata a olho, na rua, é que ocorreu, de fato, nestes três primeiros meses, uma decepção com a dita “capital”. Se descontarmos que a Festa da Uva já era um evento previsto no calendário, nada se viu da programação referente ao título.
A impressão que se colhe é que se esperava da “capital” um show com o João Gilberto, um outro com o Chico Buarque, e não era isso. Ou também era isso, e aqui começa o primeiro ponto a se pensar.
Semana passada, por exemplo, soube do lançamento de um projeto de uma rede de bibliotecas comunitárias. A iniciativa, óbvio, contempla o item “políticas culturais” efetivas, não efêmeras, que perduram ao longo do tempo.
E aqui está o principal problema da Capital. Acredito que o Comitê (existe, sim, um comitê coordenador) não deixou claro para os caxienses qual seria mesmo o propósito da Capital: incentivar essencialmente a produção cultural local ou promover grandes eventos que colocassem Caxias na linha das outras capitais do país?
Isto até agora não ficou claro, e um certo clamor vindo por parte dos músicos durante a Festa da Uva (as precárias instalações a eles destinadas nos pavilhões) parece indicar que o pessoal de casa não está mesmo satisfeito.
Segundo ponto: é um absurdo se constatar que uma produtora de Porto Alegre detém os recursos de empresas da própria cidade financiando shows em... Porto Alegre. E que esta produtora não vê “interesse” em patrocinar aqui. Quer dizer: a produtora não vê interesse na Randon patrocinar a sua Capital da Cultura.
Estamos, assim, numa Capital sem “capital”.
Terceiro: a Capital ficar sob a execução da secretaria (e, lembre-se, o mérito de Antônio Feldmann por deflagrar o processo) poderia ter sido estrategicamente melhor resolvida. Temos aqui profissionais, artistas, professores, que poderiam tocar suas áreas específicas. As ações se sucederiam e a secretaria com mais tempo e gente para apenas coordenar.
Incentivador da Capital, patrono da Feira do Livro, é este o quadro que constato.