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sábado, abril 12

As Santas Missões e a discoteque

Pelé prestigiava uma discoteque. Falcão também curtia. Enquanto os punks assombravam a Europa, em Bom Jesus a gente estava mais pra How deep is your love, treinando no “segundinho” do Santa, pensando em um dia ser craque.
Passamos o Natal de 77 nos preparando para as missões que viriam. Em 1978, a religião faria parte mesmo de nossas vidas. O papa Paulo morreria e veio então o João Paulo pro lugar dele. Estranho, mas 33 dias depois o novo papa morre. E assume o outro, Wojtyła, o que ficou por segundo.
Tivemos as Santas Missões naquele ano agitado. E uma das coisas que os capuchinhos deixaram foi a criação dos grupos de jovens. Ah, coisa boa! As reuniões eram então nos sábados e isso garantia a presença das garotas no Fátima. O Fátima era o clube onde a gente esticava depois das rezas.
Havia uma espécie de “triunvirato” da música. A Discolândia, a loja de discos, grudada ao Mackenzie, que era o “bar” em seu auge. E o Fátima, o clube fundado anos antes por um capuchinho e que ficava na boca de um dos nossos bairros mais pobres. Não houve nada mais democrático em Bom Jesus do que o Fátima. Acolhia pobres, ricos, pernas-de-pau e centroavantes. Ah, a Lili como dançava! Até hoje um amigo é chamado de Discoteque.
Estou falando da passagem de 77 até um pouco de 79, da Era Disco e com o Eduíno de nosso maestro. Ele era o DJ do Fátima depois que fomos contagiados pelo disco e filme Saturday Night Fever (e mais o Grease, em 78).
A discoteque chegara com a “inovação” do tum-tum da bateria. E aquele ritmo aglutinava todos os pós-adolescentes, fossem lá católicos ou ateus renitentes. Havia uns quatro grupos de jovens e multipliquem isso aí por 40... num sábado à noite!!
Grande Fátima! E dê-lhe ABBA, Bonney M e Yvonne Elliman. Giorgio Moroder e Donna Summer. O Santa Esmeralda fazia chacoalhar as estruturas do clube de tábua.
Era uma relação com a cultura, tá certo, de certa forma ingênua. Mas, felicidade ingênua, quem sabe, não seja a única possível?!