Amy
Sim, estou entrando no assunto mais escorregadio, controverso, terreno movediço que assusta aos jornalistas que tentam acompanhar os passos da moça. Estou falando de Amy Winehouse, a mulher que me fez acreditar de novo em música em nossos dias. Não é fácil me convencer, mas a primeira vez que ouvi a mulher pensei na hora: taí! E ela é mesmo indescritível. Tem um monte de comparações que fazem, postura, gestos, que é a nova Janis Joplin, blábláblá, mas a voz é que é extraordinária. Soul misturado com pop e compõe e escreve sobre contratempos recentes: drogas, clínicas de reabilitação que, aliás, ela renega (Britney Spears bem que também tenta, mas não tem talento).
Sim, eu gosto muito de Amy Winehouse, a melhor coisa que ouvi nos últimos 20 anos. Torço por ela como se torce por amigos próximos. Mas como disse, o assunto é difícil, vício, drogas, e isso sempre envolve mais compreensão do que julgamentos moralistas e ajuizados. Pediram a Mick Jagger, na semana do Grammy, que mandasse um recado. Ele foi ponderado, disse mais ou menos um “se cuida” e devolveu a decisão pra moça.
O negócio é que Amy Winehouse é disparada a melhor intérprete hoje, além de apresentar arranjos que se diz, isto é música, definitivamente distante deste bate-rebate tonto da eletrônica. Não faz muito, havia um bookmaker na internet com apostas do “dia em que Amy apaga”. Fãs não perdoam.
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