OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

terça-feira, fevereiro 19

Amy

A mulher já ingeriu até remédio pra cavalo, cheira, bebe coisas quentes, e agora recebeu uma injeção de ânimo que parecia ser um bom apoio. Papou o Grammy. Só que o marido da moça, que está preso, na cela mesmo entrou numa overdose de heroína seis dias depois. Pô, o cara não ajuda e a gente fica com essa sensação de perda vendo que ela vai continuar neste olho do furacão sem volta.
Sim, estou entrando no assunto mais escorregadio, controverso, terreno movediço que assusta aos jornalistas que tentam acompanhar os passos da moça. Estou falando de Amy Winehouse, a mulher que me fez acreditar de novo em música em nossos dias. Não é fácil me convencer, mas a primeira vez que ouvi a mulher pensei na hora: taí! E ela é mesmo indescritível. Tem um monte de comparações que fazem, postura, gestos, que é a nova Janis Joplin, blábláblá, mas a voz é que é extraordinária. Soul misturado com pop e compõe e escreve sobre contratempos recentes: drogas, clínicas de reabilitação que, aliás, ela renega (Britney Spears bem que também tenta, mas não tem talento).
Sim, eu gosto muito de Amy Winehouse, a melhor coisa que ouvi nos últimos 20 anos. Torço por ela como se torce por amigos próximos. Mas como disse, o assunto é difícil, vício, drogas, e isso sempre envolve mais compreensão do que julgamentos moralistas e ajuizados. Pediram a Mick Jagger, na semana do Grammy, que mandasse um recado. Ele foi ponderado, disse mais ou menos um “se cuida” e devolveu a decisão pra moça.
O negócio é que Amy Winehouse é disparada a melhor intérprete hoje, além de apresentar arranjos que se diz, isto é música, definitivamente distante deste bate-rebate tonto da eletrônica. Não faz muito, havia um bookmaker na internet com apostas do “dia em que Amy apaga”. Fãs não perdoam.
(Crônica para o jornal Pioneiro).