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terça-feira, novembro 20

Usina dos Touros

Em 1950, o governador Walter Jobim inaugura a usina hidrelétrica do Rio dos Touros. A partir dali, se observarmos, começam as construções dos grandes prédios em Bom Jesus. É claro! Grandes edificações não suportavam a pouca energia tocada por um precário diesel. Por isso, aquele 24 de Setembro de 1950 é um dia-marco para Bom Jesus.
No ano seguinte, sintomaticamente, já se observa a compra de imenso terreno na praça, visando a construção do Clube Santa Cruz. É uma extensão de quase quadra inteira.
Em 1952, havia o Cabaré da Maria Bonita, do Cabo Chico e o Cabaré da Brita. O que se observa em seguida é um período “nervoso”, com a migração da Brita (do local onde depois seria a funerária), passando para o Hotel do Seu Padeiro, mais tarde, Hotel Bela Vista para atender as serrarias.
Havia luz e o conseqüente aumento do movimento em nossas casas noturnas. E logo se dá a polêmica: queriam tirá-las do “perímetro urbano”.
Mas, não só. Logo lançam a pedra do Ginásio, que seria o maior edifício do lugar, e o salão da paróquia que viraria escola. E o Juventude construindo a sua sede também na praça.
Grandes prédios!!
Em 1954, a Igreja adquire uma máquina cinematográfica para matinês. Coisas da luz.
Logo que assume, Áureo Ribeiro Velho decide: uma nova prefeitura! E começa um moderno prédio. Os casarões de madeira (nossa “era locomóvel” foi marcada pelo seguinte refrão: Bom Jesus/cidade que produz/De dia falta água/de noite falta luz) começam vir abaixo e as grandiosas construções de pedra tomam o espaço. Foi quando tudo se construiu. E é quando se observa uma efervescência cultural e mesmo fatos comuns aos centros urbanos, como a cassação de um vigário e o “duelo” que resultou nas mortes de Silvino e Odenath.
Mas, paradoxal, com a luz, começa a derrocada de Bom Jesus. Com a Usina dos Touros (eis o reforço de minha tese), as serrarias estavam por fim assistidas para a transformação do pinheiro. E é então o auge das serrarias. Serão mais de 140 na passagem dos 50 para os anos 60.
Eis aí o meu “toco de vela” para a compreensão da nossa História.

Acima, a Usina dos Touros em ruínas.