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segunda-feira, novembro 12

Dessas nossas na França

O meu amigo Luís Carlos Bon, que talvez tenha sido o professor mais jovem que tive —ele nos dava aula então com 20 anos— me fez lembrar outro dia mais uma do nosso lendário Tio Purça, o intelectual do Bonja que gostava da noite.
Certa vez, o Tio Purça ficou sem cigarros no meio da noite e entrou em pânico. Não ia nunca conseguir dormir e todos os botecos de Bom Jesus já estavam fechados.
Desesperado, o Tio Purça nem hesita: se mandou pra Vacaria. Ia lá comprar cigarros.
A estrada era ainda de chão batido, se levava mais de 2 horas de Bom Jesus até Vacaria, fora o desgaste do carro. E o Tipo Purça chegou em Vacaria já era mais de 2 da madrugada. E também lá não encontrou nenhum bar, café ou boteco aberto.
Continuava sem cigarros.
E o Tio Purça então foi prum hotel. Ia deixar amanhecer.
No outro dia, cedo, o Tio Purça acerta o hotel, entra no seu fusquinha e volta pro Bonja.
Chegando em Bom Jesus é que foi lembrar: tinha ido em Vacaria só pra comprar cigarros!!
Se eu conto dessas do Tio Purça por aí, quase passo por mentiroso. E aí é que está. As histórias do nosso Bonja são tão incríveis, que eu já sei qual foi o maior erro da minha vida. Eu nunca devia ter voltado de Toulouse. Devia ter ficado pra sempre lá, escrevendo em francês todas estas hilárias histórias.
—Imaginação espetacular! Poder de criação sem medida!, me diriam. E eu estaria consagrado.
Não?
Então vejam esta outra nossa. Não faz muito, depois de uma galinhada, cerveja e tal, um amigo oferece carona pro outro. Noite de cerração fechada no Bonja, o motorista pede ao amigo caroneiro que desembarque e vá na frente indicando o caminho.
De repente, o fulano que dirigia passa por cima do amigo que o conduzia na neblina. Atropela e vai embora. E o amigo atropelado conta essa e ainda complementa:
—Me deixou lá bem mortinho e nem chamou socorro!
Imaginem uma verdade dessas numa outra língua. Ficção francesa da mais pura!
E eu voltei...