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quarta-feira, outubro 10

A boa energia que nos leva à praça

O que está acontecendo aqui em Caxias é o seguinte. Está rolando uma aproximação dos escritores, sem pauta, sem “objetivo específico”, mas está acontecendo de a gente se encontrar mais pelo prazer da troca de idéias e de bater um papo. Não há qualquer outra coisa que sugira uma estratégia de guerra. É apenas o embrião de uma coisa legal que ninguém ousou definir ainda bem o que é.
Antes mesmo dos dois encontros que tivemos na Casa de Cultura, pré-feira (num destes éramos 42!!), já se via concretamente duas ou três conjugações de fatores que vale registrar:
1- o Fundoprocultura;
2- Feira do Livro em sua maturidade;
3- as novas editoras da cidade.
O Fundoprocultura, de fato, está cumprindo a sua missão, revelando novos escritores e dando oxigênio a autores de meio de caminho, obras que seriam rejeitadas em editoras comerciais por serem “inviáveis”.
Exemplos? Alessandra Rech lançou agora o seu Aguadeiro. Adriana Antunes vai fechar a nossa feira com o seu Temporário. Ambas, jovens, primeiro livro, financiadas pelo Fundo. E gente com estrada, como Delmino Gritti, que traz o seu denso livro sobre a Leitura, e mesmo o meu As luas que fisgam... O livro do Delmino é uma “bíblia” (inviável, portanto, na cabeça dos editores por ser caro). Luas, colorido, com ilustrações, e prosa-poética, que é a prima-pobre corrida das ante-salas das editoras de Norte a Sul do país.
Segundo ponto é a nossa feira do Livro. Há uns 5 anos a feira assumiu de vez a praça, com uma infra-estrutura super profissional, e só tem crescido nestes primeiros passos de sua maturidade. Além disso, há projetos permanentes de estímulo à leitura que se desenvolvem para além do período da praça, alguns já completando seus 10 anos.
Por fim, Caxias do Sul, com o seu potencial econômico, com Universidade e faculdades, um universo que engloba cerca de 50 mil alunos (sem contar os alunos das escolas regulares), até então contava apenas com duas editoras. Maneco e EDUCS.
Era cristalino que tal mercado exigiria mais. E a expansão começou neste ano, quando três novas editoras surgiram: a Liddo, do Dhynarte Albuquerque, o selo Do Arco da Velha, e o Gustavo Guertler, com a sua Belas Letras, revelando uma qualidade que nada deixa a desejar ao que se faz hoje em São Paulo, Porto Alegre ou Rio.
Desde que fui escolhido para ser patrono tive bem claro este cenário. Pegava esta vontade no ar, embora desorganizada. Daí que me apresentei como um voluntário, e revelando que nós, escritores, tínhamos de deixar de aparecer na feira 5 minutos antes de nossas sessões de autógrafos, e devíamos viver mais a praça e dar a cara ao nosso leitor.
A feira está trazendo colegas que agora permanecem, circulam e prestigiam algumas mesas temáticas. Vejo isso com muita alegria. Ontem mesmo, a mesa promovida pelos alunos do DA de Jornalismo da UCS, exatamente sobre A Literatura Caxiense, foi um sucesso.
Lá estavam a Biba, a Adriana, a Alessandra, o Marco, o Petry e o Dhyna, que estenderam a voz à platéia. Foi a melhor integração de público e debatedores de toda a feira. E um bom público, o melhor em debates desta edição.
Senti ali a comprovação do que falei acima: a vontade de se fazer coisas, de escrever, de se unir, de buscar alternativas sem pauta, sem ninguém querer ser líder de nada, apenas se fazendo escutar.
Talvez, de tudo isso, sobre melhores condições para a nossa literatura. Já é muito!