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sexta-feira, setembro 28

Este é o texto de hoje a valer

Leiam este texto aí embaixo. Tá franciscano, moralista, uma espécie de poesia que mata duas ou três frases boas. E o resto é ritmo. Só isso.
Eu queria mesmo era falar de uma cadeira de praia. É, destas cadeiras de assento parecendo náilon, coloridas, com uns aros de aço. Destas cadeiras que sempre liguei ao lazer (isso eu falei para o jornal ontem em uma entrevista) e serviu também para eu assistir a primeira morte em minha vida adulta. Fiquei umas 3 noites sem dormir.
Era um domingo à tarde, no Hospital Pompéia, o hospital de todos os povos aqui da cidade e minha mãe agonizando numa cama do quarto ao lado (um conjuga do INSS, uma porta que dava para o outro quarto) e tinha um vôzinho passando a tarde de domingo na cadeira esta de praia, que os pobres levam para servir de cama nestes hospitais públicos.
De repente, vi o desespero da acompanhante deste senhor e chama enfermeira aqui, atendente ali, e eu atravessei a porta do conjugado bem no instante que o vôzinho perdia as forças e a vida. Foi a primeira de mais duas mortes que vi no Pompéia quando estive por lá uns 8 meses.
Um outro dia, a colega de minha mãe naquela semana era uma senhora, um senhora idosa, que pediu para ligarem pro seu filho, queria vê-lo.
Era um pouco antes do meio-dia. O cara mandou dizer pela auxiliar de enfermagem que não viria, porque não tinha com quem deixar a sua churrascaria, hot dog, lanchonete, sei lá, não entendi qual era a do cara.
Ali pelas duas da tarde a mulher morreu. Queria apenas se despedir do filho.
É, sucesso ao seu negócio!!!