Diversão aos navegantes
vou trazer a muda ortografia, a minha missa de Sétimo Dia e o instinto dos solteiros. A nossa comédia humana, o elogio que me salta dos lábios. O sangue do meu sangue, hehe, o meu jogo de personagens.
O meu jogo de frase espalhado, maluco, sou árvore, eu vou fingir que sou grego. E vou começar um teatro. Um comprai em nossa farmácia, um astral bem de polaco, o meu humor de ferreiro.
Tá na bigorna se ajeitando. Sou moreno, negociante, estrelas no meu terreiro eu deixo que nem um gato. Os olhos dele. Eu noto e anoto. Que a minha letra é sem hora e isso se chama na ciência a memória do Paulo.
Exemplo?
A Tuca Velha.
Lembro a canção da maluca, e lembro a Tuca casada com um sírio banguela. O mais dedicado sírio que já vi no amor era o dela.
E qual a explicação pra tal feitiço? A paixão. A escrita. Aprendi, vim dos Trindades, sou Catálogo da Esperança, eu interpreto até o guizo de cobra. É o meu Sistema Gertrudes, benzedeira lá do Bonja!
Será que se morre sabendo?
Merecemos ser assim tão sérios?
Dou braçadas, pareço um marreco, eu nunca que me deslumbro com o chamado método. Eu faço é muito barulho e na linha da minha escrita se pensa pouco. É só forma, seja em texto, seja em nota, eu quando encarnei inseto me disseram "um escritor"!!
Escritor por causa do velho. E do mar. Eu fui na praia, fui de propósito, eu fui ler então Ovídio e vi as formigas no sexo.
Descrevi um guarda-chuva, descrevi cerveja agüada. Ouvi um monte de música e fiz o que um inventarista deve fazer: eu amei umas quantas mulheres.
Amei, me amaram, eu lembro da lagunense deitada na areia.
Desenhei, criei histórias, eu ontem reproduzi essa moça na harmonia das sombras...
E ontem eu vi um casal se mandando na estrada. E seguiam na estrada com a porção de netos.
O humor das crianças, seu encantamento: é que viam o avô deitado e o avô deitado de brim dormindo.
Ele era um Cômico. Ensinava no sono.
Será que um dia eu aprendo?
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