OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, setembro 26

Das escarpas da vida aos píncaros da glória, ou o Paulismo, ou ainda uma idéia engraçada que me fez abrir a crônica e mostrar as suas tachas

Encontrei outro dia, em sala de aula, um exemplar do jornal-laboratório dos alunos de jornalismo da UCS. O jornal estava aberto num texto, acima do qual estava escrito à caneta: Paulismo!
O texto marcado era de um aluno e começava assim: Nas ruas da minha infância, em Flores da Cunha, blábláblá.
Achei muito engraçado. Paulismo!
Claro que teria de ser ironia, mas temo que a pessoa que sublinhou este “paulismo” tenha feito a sério e veja mesmo algum tipo de escola nessa falação que eu deito sobre Bom Jesus.
Esta vai entrar pro meu anedotário, como aquela outra, de um sujeito que foi visto em São Pelegrino com uma camiseta escrita: Eu entendi uma crônica do Paulo Ribeiro.
Quaquáquá.
Mas, o fato é que Bom Jesus nunca me deixou sem assunto. E por isso eu tanto volto ao tema, em dia de preguiça, de nada a dizer, em cima do horário do meu compromisso semanal... eu, vamos lá, Bom Jesus!
É fácil. Datas redondas, por exemplo, eu corro nos meus arquivos e sempre há assunto.
Vejam só, 1957, há 50: foi comprado um carrilhão pra igreja com três sinos. Em julho, uma nevada derrubou parte da cobertura da igreja. Não deve ter atingido os sinos, porque até hoje eles dobram lá.
No mesmo ano foi inaugurado a Escola Frei Geraldo. A “paroquial” era dedicada aos pobres mesmo de Bom Jesus. Aos pobres da Vila Pinto, do Fundo do Coador e do Caraguatá, que vem a ser o que se compreendia como a “grande” Nossa Senhora de Fátima.
Naquele ano, frei Getúlio de Vacaria, que talvez tenha sido das melhores cabeças que passou pelo Bonja, foi escolhido paraninfo dos formandos do ginásio. E o frei Getúlio, que diziam ser bom de oratória, escolheu o seu discurso no esmerilho, a dedo: das escarpas da vida aos píncaros da glória.
Sério!!! Está lá num quadrão de madeira na parede do Ginásio.
Hehehe. O nosso frei Getúlio (me releve frei, tô brincando!) adiantava em alguns anos o Odorico Paraguassu, o mais notável personagem do Dias Gomes.
É ou não é ter sempre assunto em mão?
Paulismo ou Getulismo, não importa! O fato é que jamais queimei o dead-line. E de lambuja, por linhas bem tortas, acabei decerto descrevendo pedaços do meu Bonja.
E é isso: acabei de abrir a crônica e mostrar as suas tachas.