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sexta-feira, agosto 24

O perigo do blog

Cantiga bem phoda é a minha promessa.
Eu afino gravura e mais três poemas.
Um dia de folga, um silêncio com o dedo.
Gracejar com a vizinha a girar os cabelos.
Rezar que não chova, ver um álbum de grávida.
Rezar todo o terço e comprar bebida.
Empinar papagaios, passar pelo banco.
Um abraço à gerente!, dou um jeito na vida.
Encontrar a receita, ver a cárie dos dentes.
Ver exemplo de um barco e quebrar uma esquina.
Lavar um chinelo, lavrar um contrato.
Passar na igreja e me fazer de discreto.
O preto-no-branco na fotografia.
Amar, pelo menos, Nova Iorque ou Caxias.
Editar entrevista, uma balança em figura.
Cortar os cabelos, linkar no Youtube.
Sair pro almoço no MSN.
Um prelúdio, uma faca, a tesoura pras notas.
Picotar uma idéia e emendar pensamentos.
Comprar um CD e mandar pra formanda.
Ligar para o Bonja, que me pintem o túmulo.
Lembrar se tem gás e o vazamento na pia.
E de novo a vizinha a girar os cabelos.
Comprar um Gelol para o meu tornozelo.
Fazer a viagem, um casaco apertado.
Achar a origem do tampão para ouvido.
Acender uma vela, pagar o prejuízo.
Torcer para um time em franco declínio.
Opinar sobre o pâncreas, me fazer distraído.
Apagar a garoa e as rugas da testa.
Deixar assim mesmo, represar condolências.
Recortar um jornal pra restar esquecido.
Pesquisar regador, o trajeto e a formiga.
Roubar geladeira e esperar pela briga.
Inventar um Programa, me dar bem na Internet.
Fazer um moleque e controlar mamadeira.
Construir inventário, destampar a panela.
Xeretar, ser sincero, um batismo de bicho.
Uma hora acabada me deixa mais velho?
Encontrar uma fórmula com a casca do ovo.
Um fruta na mesa e tombar um balaio.
Arranjar uma farsa e afiar o serrote.
Uma faca e uma pua, apreender viatura.
Fazer elogio à corrida de gatos.
Sair no Fantástico e estudar Geometria.
De nada, que é isso, vê se nem agradece!
Acender uma vela e confissão ao destino.
Sair em corrida, passear um cachorro.
Vibrar com a neve e o uso de gorros.
Um poema pra febre e uma cara de pôquer.
Criar um cinema, um teatro, uma intriga.
Fazer uma dança que ensine socorro.
Fazer uns contornos no termo Saudade.
Tomar chimarrão e pagar uma fábula.
Um hino aos dementes, uma hélice torta.
Achar a Gramática da Fala dos Malas.
Torrar a paciência e encher o saco.
Exigir continência das folhas caídas.
Refrar uma estrofe, quebrar o perfume.
Enforcar uma orquestra por carência de cordas.
Construir um cenário e sair bem de fino.
Quem entra no blog já sabe o perigo.