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quarta-feira, agosto 22

Autobiografia sampleada

Meu livro demonstrativo, começa com Dona Odila. Dona Odila ficou cega, com ela aprendi na batida.
Dona Odila abria lã, escrevo como desfio: o verbo, excertos, um excesso, escrevo por Tosse-Comprida.
Tenho um fôlego de andar no mar, aprendi no chão, pela vida. Meu ritmo é do Teixeirinha, a prosa, a dos comungantes.
Escrevo por diversão, é a minha liturgia, descrevo o meu Sétimo Dia, as listras da minha camisa.
Escrevo depois de morto, meu silêncio é pantomima. Eu personifico os descalços, conheço o processo dos nobres. Eu me achava, verdade!, a cara do Peter Otoole.
Meus avós, que eram poéticos, vieram lá de Laguna! Era o sal, era o abacate, na bagagem muita amostra.
Compravam o BomBril, odiavam o troféu, me ensinaram por isso paródias.
O Salmo dos Pugilistas, avental protege caldeira. Botaram minha mãe numa pia, no ornato da vassoura. Fizesse sua obra-prima, aquilo pra ela um teatro.
(No repouso do teu número, mãe, meu coração ouviu tua missa!)
E eu, com meus sentimentos, fui Acácio, fui polígrafo. Da cega me fiz amigo, o pensamento mais torto. Fui propósito de madrinha, a tal de Jalila Amara.
Doceira, ouvi seu protesto, dos solteiros ouvi suas queixas. O que escrevi vi na rua, na rubrica assinava gêmeos.
Como um Touro e Leão, elenco aqui na seqüência. Saudações, minha alma canta, anda, divaga, anjo, praga.
Fui sistemático, rabisquei adjetivo, na falta, juízo completo. Baladas, me apaixonava, eu fui fácil, fui teatro. Um Teatro dos Sírios, bastava me olhassem o rosto.
Eu era um árabe, gostava de nata, já usei a roupa engomada. Mas gravata, eu não usava, eu era um simples como a verdade.
Casei, descasei, a minha dedicatória à tesoura. Piquei, fiz elogio, eu freqüentava velório. Um trecho de barba alisava, eu era meditativo. Juvenal e Juvenil. Ora alegre, ora triste. Por drink eu cevava um licor, confissão foi teu beijo, amada!
Eu lembro: O Ato do Círculo, O Enigma do Ventre, meu pai foi caminhoneiro. Por isso elogio aos farristas, minha crítica aos fatigados. Eu trabalhei em construção, engraxate, eu vi a morte. A morte de um beija-flor, a morte da mãe em meus braços.
Eu fiz o epigrama do alho, eu fui o esquema BARAB, escrevi pra confundir.
Escrevi em vida, um morto, fui exemplo, fábula breve. E à minha estrofe, saúde!, sou a Farsa, a Greve dos Sonhos.
Não fique procurando estes livros. Não procures, não encontras. São livros imaginários, o meu testemunho de guarda. Escrevo, sou fugitivo, um ladrão de caretas e almas.
Se morri, se foi minha a prosa, a técnica eu trouxe junto. E me resta explicar labaredas, que o Céu não temi, fui decerto!
Escrevi galhofa, eu nunca levei nada a sério. A Fórmula da Máscara, a expressão mais correta, alguns dos textos, uma merda.
Fui eu sendo outros. Fui engenho, geometria, eu fui uma porção de coisas: casas, Bom Jesus, até Iberê Camargo!
Não fui sutil, fiz gracejos, só nasci, me deram a gramática. Que fizesse o outro rir, a missa do dramaturgo. E ah, o meu Hino aos Coveiros!, era eu saindo dos qüeros. Com humor, com Tercila, a sombria, a minha vizinha, a Papuda. Esta imitava a geléia, o ponto que venta o vento.
Um relato, fui Jada e Gaspar, teve dias, fui espírita. Eu li, reli, comentei, comecei ouvindo Bertussi. Fui garçom, ajudante de obras, eu gostei de Aclaé Silveira.
Tabuleiros, Xadrez, gravuras? Desenhava um sino bem fácil.
Da Tuca Velha aprendi oração, meu discurso Antônio Sadio. Seu Antônio falava apressado, com ele peguei esse ritmo: a estrutura da frase, “estrutura pra casar!, quando havia.
Prelúdio das Parteiras. Carta aos Bibílios, o meu canto de sopa um soneto. Um Soneto de Tranças que te fez me namorar.
Terezinha. A da Serenata serena. Eu namorava então com ela, A Marcha Descalça em Setembro.
Homenagem ao Agricultor, eu vi o espocar do vime. Alvoradas de Amor, gemidos na cama ao lado. Não esqueci, o colégio, os improvisos de Cila. A figura de um barril, faça um resumo muito rápido.
No resumo dos meus olhos, lágrimas. O Ás do baralho, O Carvão e o Diamante. Alegoria, Álbum, fotos, Poetas:
A Nota aos Teus Olhos fui eu quem fiz!
Fui eu. A lenda em neon do Pastoreio.
Fui moderno, Honra aos Mascates!, esta foi minha divisa.
E se fosse escrever ainda, eu só escreveria ensaio.
Confissão por serviço. Existe melhor castigo?
Estão vendo, eu tinha fôlego, narrativa batida e morena. Sobrancelha, pouca virtudes, não é que eu torcia pro Grêmio!
Eu tive a visão da neblina, Militar fui Reservista.
----------------------------------------------------------------->Sá. Sá-Sá. Satira-sá.
Sa-sá. Sátiri-sá. Sásá.
Sa-ti- rarara!!!
Escrevo como desfio,
verbo, verbo, verbo,
uns meus excertos,
um excesso de começo
Tosse-Si, si. Tosse-Comprida
(Tenho um fôlego de mar!!!)

Mar. Mar. Mar.
Mar, mar e mar...
aprendi no limpa chão!!!
­­­­­­­­­­­­­­­­---------------------------------------------------------->
Te. Tê-tê, Teixeirinhá,
minha prosa é bem sampleada,
escrevo por diversão.
Ão, ão, ão, meu limpa chão.
É a minha liturgia
Funk, letra.
Sétimo Dia
(Nestas páginas que morri.)
Ri. Ri. Ri. É pantomima.
Eu pé pé pé, de pés descalços
conheço o processo nobre
Peter Otoole-lelê!!!
Tô me achando!
Eu meu achava!
Meus avós, viva Laguna!
Tô no prólogo do fim.
Bom-bom-bom...
vendi BomBril
Bom. Bom-bom. Bom-rebom
Faço Salmo, Pugilista,
Eu faço a prova do sal.
Pa. Pa-pa. Paródia. Pá. Pápá.
Minha mãe, sua vassoura,
Passa pra dentro piá!
Pá. Pápá. O meu piá. Pápá.
Passa teu número
Minha missa é funk Acácio
O meu sampler aqui do Sul.
Já-já-já. Jalila Já!
Jájá
Jalila, já!
O que eu, eu vi na rua
Sou de Touro ou Leão?Já-já,já. Juízo já ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­-------------------------------------------------------------->