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segunda-feira, julho 30

A turma da invenção

Ando às voltas como o tema Literatura de Invenção para o meu primeiro papo na Jornada de Passo Fundo. E ando catando coisas, relendo e me organizando na medida que a proposta comporta.
Machado botou um morto a narrar sua vida e isto é uma baita invenção. E no Finnegans Wake, o livro que é um sonho inteiro, o doido do J. Joyce foi tão fundo que inventou a voz do trovão. Um rronnnkonnbronntonnerronntuon de preencher duas linhas ou mais. Mas, a novela mais esquisita é Pedro Páramo, que faz de uma cidadezinha o maior labirinto que topei.
Seu Zérubem Fonseca, em Lúcia McCartney, tem uma segunda novela embutida na primeira, inteirinha nos rodapés, hehe. O tema é bom, vocês estão vendo. Já leram A Vida Modo de Usar, de um certo Georges Perec? O enredo? Bem, se trata da história de um pintor que passa o serrote em todas as suas telas e espalha os pedaços pelo mundo e depois gasta o resto da vida a recriar. Uma reconstrução dos quadros à moda destes quebra-cabeças aí.
E até o Erico, em Antares, bota uma procissão de mortos a tomar a cidade com discursos relacionados à moral, à ética, ao sexo, ao escambau! Mas quem viajou mesmo foi o Glauber, no seu Riverão Sussuarana, uma galharia literária tentando falar Nordestês. O caos seguia a trilha de um outro GR, Guimarães Rosa, esse sim, o mais inventivo entre nós. Grande sertão: veredas faz a reflexão sobre o mal e o bem, o diabo e deus, a partir de um romance nunca resolvido entre Riobaldo e Diadorim (que age e veste como jagunço). Poesia é o que derrama do Grande sertão.
Ainda me organizo nas Galáxias de Haroldo de Campos, o soar das palavras nesta porosa prosa de um dos inventores da POESIA CONCRETA. E o que dizer do Catatau do Leminski, que põe o filósofo Descartes em plena Holanda Pernambucana, a reinventar o discurso dos holandeses de dono aqui.
Pulei o Macunaíma. E do Púcaro Búlgaro, já ouviu falar? De Avalovara, do experimento do Loyola Brandão? E Trapo, do Cristovão Tezza, já ouviu?
Uma vez, mandaram eu procurar a minha turma... É essa aí!