Eu vi o Chico Xavier
Fiquei só sacando o velho. Já conhecia a sua letra, os seus garranchos de jornalista em entrevista coletiva apressada, e fiquei imaginando ele "recebendo" aquilo que os escritores dão graças a Deus quando acontece.
Pois é, Ana Carolina, o velho Chico teve uns espasmos na frente de um imenso público, com música erudita de fundo, que é coisa de se olhar e dar melancolia.
O Chico Xavier era um cara calmo, transmitia paz, mas acho que foi mesmo espasmo aquilo que deu nele.
Eu gosto dos espíritas. A doutrina me parece séria e tal, embora aquela foto do Chico que há por aí em todas os centros e salas, que dizem, o David Nasser combinou, quando o Chico o recebera lá em Uberaba (foi em Uberaba o encontro, né?) e o Jean Manzon registrou.
Conta a lenda que o local daquela foto foi na banheira da casa do Chico, e com o Chico simulando que tomava banho pra tornar sua presença mais real à velha dupla de repórteres da revista Cruzeiro que estava em visita.
Bom, mas o fato que ontem conheci o Chico em atividade. Achei estranho a calma com que ele aceitou psicografar em frente às câmeras, e com aquele monte de gente lá chorando enquanto ele escrevia (às jamegadas, às golfadas, às pressas, nervoso) o seu texto.
O Chico era um cara legal. E se o velho fosse vivo, acho, era um dos poucos que eu gostaria de um dia entrevistar. Uma entrevista bem longa, daquelas de cansar.
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