OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

sábado, junho 9

A Praça Cantinho do Céu

— Não me beija na boca, ela dizia.
Era no domingo, três surdos, um bumbo e uma tarola tocavam na praça.
— Não me beija na boca, ela dizia.
Ela dizia “boca” forçando os seus próprios dentes.
O beijo era então só um beijo por se dizer com as mãos a pentear.
Um beijo com a boca na outra boca, não.
Os pratos estridentes faziam eco no aquário da praça. Havia crianças no festejar.
Viva o amor! (estava escrito num cartaz), Viva o amor!
Uns 12 instrumentos tocavam, mas sem o beijo, tocassem em latim ou grego, num sei lá por quê... nunca me beije na boca!
E a sua boca bonita e alegre entristecia.
— Não me beije na boca.
pr