Jesus Cristo era reserva
Pescoço, passe aqui pra pegar o troco!
O Lagoa tinha uma revenda de carros e não esquecia o mau freguês. Buscasse o troco, tomasse um mate, eu ouvia no Seu Acélio Alfaiate estes lances de tradição.
Que o José Mendes era novo, isso e aquilo, que Os Cobras do Teclado voltaram a gravar. Era bom disco novo, porque os conjuntos que nunca gravavam dependiam dos lançamentos pra se modernizar. Senão, era sempre a Doralícia, aquela batida bem fácil que o Honeyde Bertussi deixou.
No Seu Doca eram os bailes. E o Seu Doca era rigoroso, dependia pra abrir o portão. Se muito bebido, não entrava! Se o sujeito já chegava pronto, como é que ele ia gastar?
Fazia sentido. O Seu Doca examinava da janelinha e já sabia do álcool o teor, um por um.
Era lá que o Seu Acélio tocava. Ele e o Seu Ernani Dutra, que levantou o CTG. Quer dizer, foi o Titão quem fez, mas como patrão eleito o Ernani organizou. Fez rifa, pediu madeira emprestada e trouxe a madeira aplainada lá do Guerino Dal Bó.
Presilha do Rio Grande! O galpão tem uns 40 anos e foi lá que começaram Os Serranos, com Ah!á!, meu Bom Jesus!
Os Tropeiritos vieram depois. O Sady, o Volmar, o Jocelito e o Quinho, contrabaixo era o Torres, inspetor. Colega do Acobar.
Acobar, Mauro e Jorge Ivan. Até parecia ataque de time a Civil de Bom Jesus.
O Seu Ararê Delegado. Foi quando o Jesus Cristo voltou. Chegou o Anísio num jipe, o cabelo caindo nas costas e foi jogar no Santa Cruz.
Jogava de centroavante ou goleiro e era reserva. O Jesus Cristo plantava alface e tapava com uns plásticos pra geada não matar.
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