Biscateiro das almas
Disseram “cinema velho”, era o Glauber em seu fim. Morreu de Brasil, ao contrário de Iberê. O beijo da luz numa tela, quando viveu a tragédia, Iberê refloresceu. Reinventou a bicicleta, a roda com tinta pastosa, fez de modelo a doméstica, pintou Helena e mais umas seis.
Fez bem, porque se há coisa que mulher não suporta é homem triste e poema ruim. E a internet anda cheia disso, o sub do sub no verso, a chamada produção. É arte???
Não. É impossível acreditar no que aconteceu. É um sonho meu. Um gremista diz. Um pesadelo imortal.Torcer o nariz, torcer a roupa, nossa na era da máquina a matar a expressão.
Lavar o tanque. A figura era do Nelson. O Nelson Rodrigues reaça, mas se reaça é quem reage, revolucionou bem legal.
E que saúde! Saúde de vaca premiada, vocês nunca viram o que é uma geada na Fazenda Santa Cruz. Fica perto do Hortêncio, uma casa de pedra talhada que parece uma mansão.
Hum-hum, dizem que até o Mick Jagger já pernoitou por lá. Histórias do Bonja, história pra mais de metro, é melhor ir mudando de assunto que eu já começo aumentar.
Com prova, há sentença! No meu batuque, saravá! Prosa torta, humor dobrado, Patativa do Assaré! Um poeta da moléstia, sem escola, sem livro, como um pássaro perdido, não é que o cabra baixou aqui!!
Ali, na UCS, Patativa e uns outros tantos. Quem foi, quem anda lembrado, dá até pra enumerar: a Carmen Tomasi, o Luís Carlos de Lucena, o Comendador Nestor José Gollo e as 4 Linhas do Osny. Dante, o L. C. Corrêa, o João Cláudio Garavaglia, o Paulo Cancian e o Suzin.
Tenho tudo na ponta do lápis e, se eu seguir com este biscate, semana que vem trago mais: fatos, gente, amores e mágoas, como anda Caxias do Sul.
Crônica de amanhã no Pioneiro.
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