Arte longa, sala vazia
Carro é arte? Jantar é dançante? Eu ando assim indeciso e tenho uma semana pra pensar. E não sai nem biscoito d’água. Vocês não queiram saber o parto que é. Ando a pé pelo meu bairro, eu descarto cada idéia pensando um tema legal. Como o Simon e o Garfunkel, o Drummond, o Pastelão consultado, já descartei até o jeans.
Não vingou. Chega de Bonja! Vou reler o Fitzgerald e de novo desenhar. Eu já fui em Flores da Cunha. Eu já ouvi Bertussi tocado, uma coisa meio cubana que o Adelar uma vez gravou.
Vou rever um baita projeto, o destino de um certo Diomedes. Quero ver uns álbuns antigos, ando atrás da minha mãe. Cuba Libre, de vestido, salto-alto, é um certo aniversário que ela fez lá no Seu João. Lenda? Pode ser. Como a história de um boneco, e por ser um boneco molengo, num incêndio se ferrou.
Um conto curto, na duração de uma chama, mas era um boneco-de-mola que só em cinzas ficou. Infância. Tinha um Pedro Malazarte e chapéu no cocô. Vou caminhar por aí cuidando. Ando em busca de assuntos bons.
Crônica aqui, crônica pra colar, eu vou botar Jaquirana na internet, o Rio das Antas e São José. Os ausentes on line — e mais umas velhinhas queridas que eu preciso ir lá filmar.
Quero verba pro verbo. Libertá por diversão. Eu quero depois de uma semana aprender japonês. Refazer uns bons contatos. Eu quero fazer um trato de voltar a escrever. Prosa longa, num estilo bem simples, eu queria contar a história do inventor de urinóis. Do inventor do sutiã, do inventor da cachaça e não sei mais quantos malucos aí.
Pelo meu coração, eu tenho 200 assuntos. Mas não vale sentimento. Eu vou trazer os fundamentos da praga do urubu. É um tema urbano, bem prontinho, pra sucesso, vai vender uns 14 ingressos, se der...
... vira a crônica que vem.
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