OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

terça-feira, maio 15

O lugar das palavras

Deve fazer uns 4 anos eu me arrisquei e disse: acabou a Literatura. Acabou, c’est fini. Literatura no sentido de contar história, que a garotada de hoje quer saber de uma boa história de forma muito mais inventiva do que estes chatos relatos de início, meio e fim.
Eu devo ter dito há 4 anos que a Literatura hoje é aquela que faz a fofoca de uma vida (vide a biografia do Roberto Carlos, vem aí o ACM e tem mais o Paulo Coelho pra se vender). No mais, depois de Érico ter minado o terreno e ter nos deixado só a rebarba, não há muito mais o que se dizer.
Claro, há a Literatura de Invenção, aquela que foge das normas e propõe. Exemplo: Fabrício Carpinejar e seus textos de sedução. Mas, advertência! Ela vem acompanhada da sua performance individual, pois, como se tem visto, Fabrício hoje é um ator.
Não há mais clima para um novo O tempo e o vento. E isso é bom. Já que literatura não vende, não mais se lê (embora ainda bafeje uma panela no centro do país), isso é o melhor. Assim é bom, porque sem o comprometimento, resta a liberdade de inventar. O teu compromisso termina na porta de casa. É uma grande vantagem não ter a obrigação do sucesso.
Mas falta algo aqui. É preciso dizer que chegamos a isso com a explosão da internet. A internet levou nossos potenciais leitores para o computador. E é uma concorrência desleal. O aluno hoje prefere pesquisar em sites do que buscar as enciclopédias. Deu para o papel. Buscam a informação on line ao mesmo tempo que estão no msn, baixando midi, youtube, dando pitacos no orkut. Sem contar o horizonte de pesquisa aos milhões.
O novo leitor passa o dia nisso. Volta à página inicial e está lá. “O papa já voltou. O papa já está em Roma”. De minuto a minuto ele tem a notícia. Daí que constato: a literatura nos libertou. Libertou de um mercado que não existe mais.
Não, eu não estou acabando com a literatura, como acabaram com o rádio depois da tevê. Nem estou acabando também, por tabela, com o jornalismo nosso de papel. Eles apenas mudaram de lugar. Tá difícil é admitir.
Crônica de amanhã no jornal Pioneiro