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sábado, abril 28

Seu Querido e D. Tuca

O Seu Querido, Emílio Breyer, tinha flâmulas só de cavalos, tinha fundado o Aeroclube e arranjado sino, casamento, um potreiro pra igreja.
Seu Querido era muito comunitário e sempre queria saber do tempo por causa dos aterros.
A pasta do Seu Querido tinha a cor do guará e os seus instrumentos de engenheiro.
O Seu Querido tinha os olhos esgazeados verdes, e com esses olhos de Cristo tratava de melhorar o cabelo. E tinha umas bochechas e sempre de suspensórios. Os sapatos eram bem escovados e as calças, sem pregas, era de um vermelho afogueado que lembrava um antigo incêndio.
A cena que se quer falar se passa com o Seu Querido tirando a sua sesta depois do almoço e estão no sombreado do cipreste largo, num doce abrigo de amigos.
O Seu Querido está dormindo com o braço torcido no colo da amada. O Seu Querido tinha bebido à saúde dela e como tinha no cálice a marca dos lábios de D. Tuca, ele tomou várias vezes.
Beijava assim os lábios da D. Tuca e também se embriagava.
O Seu Querido era muito carinhoso e sabia pôr a mão assim na D. Tuca dele com calma. Pousava a mão no joelho da Tuca amada e isso facilitava para que os dois rezassem por eles, pelo amor deles.
E a pontinha da saia da D. Tuca se esgarçava assim subindo na perna dos seus 76 anos.
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