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quarta-feira, abril 11

Capital da Cultura IV

Há muitas razões para justificar a candidatura de Caxias à capital da cultura em 2008. A mais visível delas: a candidatura já serviu para levantar uma discussão produtiva, sobre se a cidade tem ou não condições para tal, e, se não tem, o que deve fazer para ter. A polêmica criada pelo anúncio coloca a cultura da nossa cidade, todas as suas formas de organização e manifestação, no divã. A secretaria da Cultura tem cumprido seu papel? A candidatura nos permitirá conhecer, pelo menos em parte, a resposta a essa pergunta, e nesse ponto cai por terra a teoria daqueles que acreditam em uso político, em jogada de marketing. O raio-x ficará à mostra, para quem quiser ver, como uma prestação de contas. Nenhum político, muito menos da área da cultura, que se intitula formadora de opinião, levaria adiante esse julgamento público, se não tivesse plena convicção do que fez e do que ainda precisa ser feito.
A candidatura é boa porque também coloca os artistas e os meios de comunicação contra a parede. Como anda a produção cultural caxiense? Qual o padrão de qualidade da literatura, das artes plásticas, da música, da dança, do cinema produzidos aqui? Qual o grau de envolvimento da imprensa e dos artistas pela cultura da sua cidade? O dinheiro dos mecanismos de incentivo à cultura está sendo bem aplicado? Está servindo para impulsionar novos talentos, para uma constante renovação, ou para financiar um ciclo vicioso que envolve sempre os mesmos nomes? De que forma os artistas estão comprometidos em transformar os incentivos recebidos em bens culturais que, efetivamente, contemplem a comunidade caxiense?
Minha opinião é a seguinte: sou a favor da candidatura. Acho que Caxias tem condições de se candidatar — e que tem chances de ganhar o título, e a bem-vinda verba que faz parte do pacote. Não é um sonho impossível (“ter de ganhar o céu estando na terra”, como em Dom Quixote). Chego a essa conclusão com uma análise comparativa. Que outra cidade do Brasil tem duas leis municipais de incentivo à cultura? Que outra cidade do interior tem uma equipe e um projeto criados exclusivamente para difundir o livro e a leitura? Que outra cidade do interior tem uma Feira do Livro expressiva no estado como a nossa? E o Tapete Mágico, o Concurso Anual Literário, a Companhia Municipal de Dança, a Orquestra de Sopros, o Centro de Cultura, a sala de cinema?
Ainda há muita coisa por fazer, é verdade. E como fazer o que falta? Uma sugestão: ser a capital da cultura em 2008.
O texto acima é do jornalista Gustavo Guertler, proprietário da mais nova editora de Caxias, a Belas Letras.
A foto é de Liliane Giordano.