Capital da Cultura II
Por outro lado, estamos avançados na área da cibercultura, com os projetos de Diana Domingues da UCS.
Pego estas duas pontas da cultura (este paradoxo de uma produção de primeira frente aos primórdios de nossos carros alegóricos) para falar ainda da candidatura de Caxias do Sul à Capital Brasileira da Cultura em 2008.
Já escrevi, penso que a Secretaria está certa em candidatar, embora as enquetes por aí induzam à dúvida. Ora, mais do que ter condições (e é incrível como não se sabe da quantidade de produtos culturais que temos), Caxias precisa desta referência nacional.
Entre tantos motivos, ser a Capital é oferecer cultura exatamente a estes 80% (na enquete da tevê) que disseram não à candidatura. Os shows, obras e projetos não estão chegando a estas pessoas. E olha que, fora Porto Alegre, Caxias é quem mais promove no Estado.
Por outro lado, se questiona a nossa política cultural. Isso também há. Foi iniciada na gestão de Tadiane Tronca e agora tem continuidade com o Antônio Feldmann. Precisa é ser cobrada. Quantas cidades têm um Fundoprocultura no Brasil? Conte nos dedos!
Por isso, fico surpreso que haja resistência à candidatura. Para se ter idéia, São João del-Rei, a cidade escolhida para ser a capital deste ano, captou R$ 63 milhões a partir de projetos apresentados à iniciativa privada. Projetos que tiveram garantias do Ministério da Cultura e da Unesco.
Não é pouca grana. Digamos metade desse dinheiro aqui. Já pensaram? O que o nosso patrimônio histórico poderia? E nosso carnaval? Haveria oficinas de fantasias, alegorias, de carros alegóricos, o fim dos tratores!
Está circulando uma carta de adesão dos caxienses à candidatura da cidade. Eu pediria que assinassem.
Crônica de hoje no Pioneiro. A foto aí de cima é do Ricardo Wolffenbüttel, de beleza plástica que justificaria uma exposição. E há outros fotógrafos na cidade pedindo espaço. Por isso, esta estória de ser "Capital".
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