Teixeirinha no Bonja
E sabem que a inclusão de Bom Jesus no roteiro até que faz sentido! Em outubro de 1961, Teixeirinha esteve com Pedro Raymundo fazendo um show por lá, num salão paroquial super lotado. Era o começo da carreira.
Os padres de então não se conformaram. Nem tanto pelos artistas (e “suas piadas”), mas porque, dias depois, no mesmo salão receberam o polono-paranaense W. Romanovski (um “escritor de fama mundial”, como registraram), para autografar o seu Retrato de Wlade (um monólogo), com pouco mais de meia dúzia de professores do ginásio.
Os freis não entendiam, mas a “audiência” de Bom Jesus queria mesmo era ver o cara que cantava o seu “maior golpe do mundo”, narrando a morte de sua mãe queimada no fogo, que conquistaria o Brasil e algumas emissoras pelo mundo.
O ano de 1961 foi de fato especial para Teixeirinha. Foi o ano de projeção do seu primeiro disco, O Gaúcho Coração do Rio Grande, que trazia exatamente Coração de Luto, e foi quando conheceu a garota que tocava sanfona, Mary Terezinha, a grande companheira. Ela ficaria ao seu lado até o começo dos 80, pouco antes do final da trajetória.
Teixerinha no Bonja será de 11 a 15 de abril, com shows, filmes e oficinas.
<< Home