OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quarta-feira, março 14

O romance de Glauber

Em 1977, Geisel fecha o Congresso e racha ao meio a chamada Abertura Política. Na mesma época, Glauber Rocha saturava de fazer cinema. O mais significativo representante do Cinema Novo se tornava, lenta e gradualmente, romancista. Começa a produzir textos para serem lidos, não para serem vistos.
Com 39 anos, o homem que esteve com deus e o diabo na terra do sol, em plena crença da maturidade, acreditava que o Brasil estava precisando passar por uma varredura.
Uma revisão crítica do seu pensamento, das suas perspectivas ideológicas, de sua literatura, das formas de comunicação popular.
Enfim, fazer uma revisão de seu destino, nem que para isso precisasse achar Golbery “um gênio da raça”, e Ernesto Geisel, “um exemplo de disposição democrática”.
Glauber tocava nas feridas e pagaria por isto. Diante de toda a intelectualidade perplexa, ele estava sozinho. Para muitos, o ápice da louca epopéia glauberiana em vida. Para outros, como Jorge Amado, “um clarão que está iluminando o Brasil”.
O romance Riverão Sussuarana, escrito exatamente em 1977, aparece então como a resposta mais feroz: a crítica da crítica.
Polêmica violenta se travaria em torno da obra, que ousava desmistificar todas as sagrações brasileiras.
Negado. Não reconhecido, o livro deixava estupefata a esquerda brasileira, com os direitistas não entendendo bem o que se passava, como ocorre com obras de gênios da estatura de um Salvador Dali ou Pablo Picasso.
Amanhã continuo a falar sobre o livro de Glauber e a radical experiência do cineasta como romancista.