A cabeça do morto
São os primeiros escritores de Caxias do Sul, ambos funcionários da Comissão de Terras à época da imigração. Em 1884, dizem, tuberculoso, Bernardino veio morar aqui. Funcionário da Fazenda Federal, ficaria encarregado do pagamento aos italianos na instalação das colônias.
José Bernardino dos Santos era um intelectual de prestígio. Interlocutor de Apolinário Porto Alegre, era o orador oficial e dos mais assíduos na revista do Partenon Literário, movimento que agitava a Capital naquele período.
Na Revista do Partenon ele divulgaria o seu texto mais importante, Serões de um tropeiro, com o pseudônimo Daymã.
Na sua História da Literatura do Rio Grande do Sul, Guilhermino César atribui à obra a primeira abordagem do gaúcho serrano.
Embora Apolinário houvesse pincelado as “selvas da Vacaria” em O Vaqueano, no Serões é que teremos uma visão de quem conhecia o meio.
A Biblioteca Pública de Caxias do Sul guardava até bem pouco a mesa que serviu de repouso à cabeça de Bernardino morto, doada depois para a Academia Caxiense de Letras.
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