OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

quinta-feira, fevereiro 22

O amor quando acaba

O amor quando acaba, abatido, se diz relógio e brandura!
Calmamente a pele do amor por fora então como é: é como os olhos de uma criança triste.
Estuporada e crescida imagem sem doçura a do amor acabado.
O amor quando acaba respira profundamente.
Deita-se. E como deita o cachorro deita o amor acabado entre as patas.
É um animal que não se mexe.
É um sono de ferro.
É um sono de ferro em volta do amor acabado, olhar de criança.
O cachorro entre suas patas acaba.
É um ato. É uma paisagem.
Pelo coração há os que tremem. Pelo coração há os que suportam pensar uma destruição.
O que se passa com as veias nesta hora? As roupas estendidas fazem um varal?
Quando?
Um amor acaba e se pensa roupa, veias e fome.
Quando???
Se acaba, quando?
Sem colher de chá estupendo é este momento de amor quando o amor acaba.
Peso. Fardo. Há esta certa ironia sem ser mais dor...
Quase sorrindo, de não se acreditar.
Bruto (e humano) é o texto que fala do amor finito.
Quando o amar acaba?
Quando?
Ciclismo para o sono. Vagaroso gritar.
O amor quando acaba parece um cachorro, criança, violoncelo ou uma paisagem?
A fotográfica pose do bom cachorro.
Essa é a maneira fácil e pedregosa de se dizer do amor no seu acabar.
Relógio branco no pouco que dura.
pr