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sexta-feira, fevereiro 16

O amor não engravidou

O amor que não ousa, nem se entrega, deixa de ser um amor então recente pra ser adeus, nunca mais. Amor findo, amor rasante, feito às escapadas, é amor que veio fugido e da mesma forma espatifou.
E amor desse jeito cansa, ciúme, corroer dos minutos, o fastio logo de vez.
Amor imerecido, não tocado, ainda que amor amado, mas com medo, sem força, Sansão sem cabelos, o fizemos pra desfazer. E era um amor que deixava o seu rosto radiante, a face da amada lívida, aliviada, e passou de flor, alegria, ao mais burro amor.
Por quê?
Porque era amor in bruto, desses que brota, jorra, grita, gera, e que logo esbraveja, sem chance ao coração.
Gozo. Dádiva. No início, sim. Depois, o temor, o temer, amor que se adiou.
E um bom coração, amor maldito, amado, não merece a jura, a ira, a raiva, esse amor que não foi. Não foi pleno, foi amor com defeito, não foi infinito nem enquanto durou.
Era um amor tarado, por assim dizer.
Porque era amor à distância. E amor assim castiga, judia, traz o ciúme, amor à distância faz sofrer.
Faz e desfaz e é por isso o amar que cansa, dura um mês amor assim!
E foi esta a medida. Amor grande, grande, mas amor desmesurado, amor imerecido, não tocado, que veio sem cheiro, sem toque, sem força, amor que morreu em nós.
Morto portanto o amor rasante. Morto portanto o amor às escapadas, morto o amor portanto que implorou por um tempo e mais paixão.
Assim, nada se supera dessa morte, nada. Não se supera nada porque amor que deixou de ser amor-amado, não era amor, nunca foi.
Morre porque é amor sem ser. Morre porque é amor fadado, amor que se dana e anda cheio desse desamor por aí: amor que vai plantar bananeira por não amar!
pr