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terça-feira, fevereiro 27

Ah-ráh, meu Bom Jesus!

O que eu mais sinto falta de Bom Jesus são os detalhes, cada episódio que envolvesse bicho ou gente relatado daquela forma. Exagerado, sem ser fofoca, apenas “minúcias”. O mosaico na praça, por exemplo, é um desenho do Sizino. O colégio das freiras foi feito no Otílio. Parecem banalidades, mas é o Bonja, o seu melhor, a sua essência.
O anestesista de lá era o Elim, a sua farmácia ao lado do Correio. O Consultório do Simões era em cima. O Dr. Simões era um libanês, veio de Beirute. Notaram os detalhes? É uma beleza pra quem se interessa.
O Baile do Doca, outro exemplo. O Clube Princesa da Serra era do muito conhecido Seu Doca. Ele era o Cândido Camargo de Medeiros, mas ninguém sabia. Havia lenda, muita graça, preconceito com seus bailes. No Doca era o baile dos negros! Havia por lá os Camargo pobres e os Camargo ricos (e lembrar sobrenomes que coincidiam entre ricos e pobres se fazia, se faz ainda hoje).
Em 1917, construíram um chalé. Em 1947, botaram alto-falantes na igreja. Assim, são datas mortas, sem música, sem sino. O melhor é saber que os padres tinham um cavalo. E quem cuidava o campinho era o Seu João Maria. E o João Maria era maratonista, lateral do Juventude. Uma vez, um Grigol, fez ele “bater” na corrida o Pai Véio que se “achava”.
O Pai Véio era parente do Danda? Não sabem. Mas o Danda era primo do Sidóca. O Sidóca, digamos, gostava de “festa”. E o Macedo acompanhava. O Antônio Macedo era da prefeitura e depois gritava e gritava, Viva o Leonel Brizola!
E que o José Padeiro era outro do Brizola. Teve o primeiro caminhão do Bonja e bancava o Sete Baiano. Ele tinha um Café onde depois foi a Cooperativa. Na Cooperativa passou também o Güerino, dos mais fortes comércios. Mas que a primeira loja foi do Jocundo, onde fica o José Leoni. O Santo, pai do Hermeto, era no Baginho. E o Vitório De Nalle sempre na esquina, na Laurindo.
Uma coisa puxa a outra: o Güerino depois foi pro Herdenande e nesse hotel morava um médico. Um Bili que bebia álcool e foi se suicidando.
Ah-ráh, Bonja velho!
Crônica de amanhã no jornal Pioneiro.