OBRA     AUTOR
         


Vitrola dos Ausentes
Clique aqui e leia um trecho.


Nova Edição



Clique aqui e leia.


DEMAIS LIVROS


Glaucha
Clique aqui e leia um trecho.



Iberê
Clique aqui e leia um trecho.




Valsa dos Aparados
Clique aqui e leia um trecho.




Missa para Kardec
Clique aqui e leia um trecho.



Quando cai a neve no Brasil
Clique aqui e leia um trecho.


Cozinha Gorda
Clique aqui e leia um trecho.


As luas que fisgam o peixe
Clique aqui e leia um trecho.

Coletâneas


Meia encarnada, dura de sangue
Clique aqui e leia um trecho.



Cem Menores Contos

Clique aqui e leia um trecho.



Contos Cruéis

Clique aqui e leia um trecho.



Contos do Novo Milênio

Clique aqui e leia um trecho.




 

sexta-feira, janeiro 19

Pedro Antônio e Ana Elisa

Quando D. Mariinha sarasse, decerto ia dizer um dia as coisas simples, ia contar do corpo de uma moça pra quem costurou, e ia explicar as coisas que o cérebro dela enrolava desde que pifou.
Porque a D. Mariinha Fayet entendia de tudo o que era cor por gosto ou por moda. E valia automóvel, chapas de moldes pra dentes e mesmo o formicida em pó.
Mas, como a Nasa dizia, fosse porco, leitão, pessoa, quando dá a primeira coisa, no mundo, na cabeça fraca, a tendência é sempre se repetir.
Se repete uma face triste, um choro por ente querido, até as coisinhas alegres, raramente, inventam de voltar.
Trazer Cadeirinha de Belém, por exemplo, paciência, só de vez em quando. Iluminar cabeça de abóbora, também nunca mais.
A D. Mariinha não falava, só cantava no começo do derrame um pouco.
Mas se via nos olhos dela que ela dizia, ô querido!, pro Pedro Antônio. E o Pedro Antônio parece, com vergonha, não olhava e devia morrer de obrigação.
Já era educada aquela gente!
Jogar bola chorando, ficar criança feliz chorando, não podia. Não podia porque ia sair sangue do nariz.
E a Ana Elisa também brincava no jardim. Na praia em metade de ano. E brincou também no pomar iluminado que numa noite ficou.

Trecho de Cozinha Gorda
pr