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segunda-feira, janeiro 29

Movimento dos cabelos, movimento sendo inútil, movimentos de um pai em fuga

Entre as coisas malucas que faço, uma delas é escutar O Divã.
Misturar Lenny Kravitz com Os Bertussi, ficar num Beatlezinho nada mal.
Tenho sala de coisa antiga e tralha pós-moderna que vá precisar.
E um monte de livros. Fitzgerald amparado num Atlas e no canto da estante uma pilha de velhos gibis.
E dê-lhe bule com microondas na cozinha. Uns vinhos presenteados, esquecidos, e bem no fundo guardado tenho o chá de hortelã.
Fotos?
Só preto-e-branco.
Gosto de Ana Cristina César e à tevê prefiro o jornal.
Gosto de doce de doceira. Morena ou loira, não faz mal.
O que detesto é a palavra piedade, e, pelo sentido inverso, persigo antigas paixões.
Em Laguna, blasfemo. Em Caxias uso gravata. Desse pra voltar a Lisboa, usaria o algodão.
Admiro o linho. Saco a rejeição. Pareço a cara de um sírio e faço com meu pouco dinheiro um mundinho melhor.
Amo, seduzo, sou discreto. Se fosse eleger “a imagem” , elegeria a imagem mulher.
Sua nuca, especialmente. Aquele movimento que agacha estirando os cabelos depois de tanto banhar.
Já muito adormeci pensando nisso. E depois que adormeci os mesmos cabelos ainda sonhei.
Coisa de solitário. Homem sem filhos. Fama, louros, vai ver nasci pra cachorro e esqueço de latir.
Quá!, e sou muito bem-humorado.
Acácio, Clemêncio, Jelisário, vejam o meu santo sudário na hora de escrever.
Pinto o que descrevo. Descrevo o que desenhei. O inútil pela coisa nenhuma, e daí que já contei de uma égua que lá no Bonja vi lavar!!
Porque eu vim do baixo, da procissão de pedintes, me tornei ouvinte da infância e transformei num novelão.
Zoinho, Zulmiro, Vazulmiro e Seu Belé.
D. Jalusa.
Eu não esqueci daqueles ausentes e em primeiro lugar meu pai.
Bacana, sacana, potente. Engravidou, deixou a semente, se sumiu pra nunca mais.
pr