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quarta-feira, janeiro 17

Ladainha

Mudaram de assunto no somar das contas
Mudaram a beirada do cagar das pombas

Mudaram de astúcia, ficaram birutas
Mudaram o trajeto num vôo de circo

Mudaram os partidos, que parto custoso!
Mudaram o cinismo com cordialidade

Mudaram a criança, coitadinha, assava!
Mudaram a goteira lá do céu aberto

Mudaram o alpiste, um bico no tráfico
Mudaram o asfalto, caíram no samba

Mudaram o sorriso, virou incumbência
Mudaram de guerra e ainda mataram

Mudaram a pedido, mudaram de seio
Mudaram de sexo por sobrar dinheiro


Mudaram de coração — e em cima da hora
Mudaram a escrita por mil imprevistos

Mudaram de zinco porque deu na telha
Mudaram o tesão na curva do joelho

Mudaram de prazo, precisos, sem freios!
Mudaram o rebanho prum prédio de ferro

Mudaram o estrago de forma esquisita
Mudaram o castigo por pura promessa

Mudaram as carícias, acompanhe a tonteira
Mudaram pra gelo essa água tão mole

Mudaram de ciúmes por um outro afeto

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