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segunda-feira, outubro 23

Não escrever

Não escrever é não assoprar a vela
dar vida à chama
é abandonar a memória
o seio da amada
é condenar-se sem pedido ou direitos

É não poder dizer do azul
do que se pensa da dor
é um parto sem luz,
é, portanto, calar a vida

Deixar de escrever é a hora de uma despedida que se perde

Se não se escreve,
onde a morte?
onde a sinceridade de uma água servida?

Resta o nada,
a névoa em que se solidifica o fraco

O pé da Igualdade está no que se escreve

Diversão, blasfemar,
escrever é esparramar o feijão escolhido

É um mar, seguramente

Não escrever, por oposto, é o vazio
o vazio de um corpo sem alma

um circo triste
um circo aos pedaços que o vento não sopra

pr